Alex Silva/Estadão
O presidente do Bragantino, Marquinhos Chedid, e o diretor-executivo do Palmeiras, José Carlos Brunoro, discutiram no vestiário do estádio do Pacaembu, após a vitória do time alviverde por 2 a 0, nesta quinta-feira. O motivo da discórdia foi a divisão de renda da partida.
"O Palmeiras pode dar qualquer benefício para o seu torcedor, mas a gente não pode ser prejudicado com isso. Como vou aceitar uma divisão de renda onde o sócio-torcedor do Palmeiras pagou só R$ 15? Eu não vou assinar o borderô (documento que indica o quanto foi arrecadado no jogo). Vamos discutir isso no tribunal", disparou o dirigente do Bragantino, aos berros no vestiário.
Em reunião realizada nesta segunda-feira, na sede da FPF, o valor do ingresso já havia causado discussão entre os clubes. O Palmeiras queria que o preço mais barato fosse de R$ 30 enquanto o Bragantino pedia R$ 60, já que a renda seria dividida. No fim, Marco Polo Del Nero decidiu que o valor seria de R$ 40. A questão é que o time alviverde continuou cobrando apenas R$ 30.
Ao saber das acusações, Brunoro resolveu se manifestar. "A gente não vai mais falar com ele. Já conversamos sobre isso na Federação. Ele quer tirar o foco da vitória é o choro de perder e ponto"", ironizou o palmeirense, que após uma sequência de perguntas, se irritou: "Não vou mais falar sobre isso. Ele está conseguindo tirar o foco da nossa vitória e não vou aceitar isso".
A confusão teve início quando Marquinhos resolveu ir tirar satisfações com Brunoro. "Estuda o borderô! O que você falou que é choro de perdedor. Vamos falar sobre isso", esbravejou Chedid. Brunoro, então, foi retirado do local pelos seguranças do Palmeiras. Chedid continuou. "Não tem nada de choro de perdedor, não. Perdemos e o jogo acabou. O que não aceito é esse borderô".
4464 visitas - Fonte: Estadão