Valdivia usou a matemática para se defender das críticas por conta das lesões
Valdivia fez a ‘lição de casa' e foi preparado para a entrevista coletiva desta terça-feira no Palmeiras. Com muita calma, o chileno mostrou que tinha todas as respostas na ponta da língua para rebater as críticas que vira e mexe precisa enfrentar. O meia chegou até a fazer contas com seu salário e com seu número de jogos para se defender e garantir que não se sente em débito com o torcedor alviverde.
"Não me sinto em dívida não. Mas eu vim preparado para essa pergunta. O Palmeiras fez 36 partidas. Eu joguei 16, fiquei 20 de fora. Mas apenas sete por lesão. Foram seis vezes por causa da seleção, duas vezes por suspensão e cinco vezes pela venda aos Emirados Árabes, quando não era mais jogador do Palmeiras, nem recebia salário. São 13 partidas nas quais ninguém pode botar o dedo na minha cara e falar que a culpa é minha. Por isso não me sinto em dívida. Até porque a torcida do Palmeiras tem mostrado o quanto eu fui importante, quem está aqui no dia sabe o que tenho feito para ficar em campo", disse Valdivia.
"É difícil para eu falar porque parece que é minha obrigação. Falam que é minha obrigação pelo salário que eu ganho. Mas duvido que alguém da diretoria sente aqui e fale que meu salário é de 500 mil reais com a imprensa sempre fala. As vezes fala que é de 600, as vezes muda para 700. Faço um pedido para você investigar o quanto que o Valdivia ganha. Não ganho nem 400 e nem 300 mil. Essa questão de que você é muito bem pago não é bem assim. Sou bem pago sim, mas não é desse jeito. Quando cheguei, meu salário era de 30 mil. Nunca fiz um pedido de aumento de salário, mesmo sendo o melhor do time por três anos. Essa questão de obrigação não é só do Valdivia, é de todo mundo. Por isso não me sinto em dívida", completou.
Valdivia ainda voltou a falar sobre sua responsabilidade em outros momentos da coletiva. Para continuar se defendendo, chegou até a inverter o questionamento de que ele nunca comparecia nos momentos em que o Palmeiras mais precisava dele.
"(Ter responsabilidade) Não cansa de jeito nenhum. Gosto quando sou cobrado, gosto quando vejo que tenho responsabilidade. Agora isso é muito diferente de falar que no momento que o clube precisou e eu não estava. A pergunta é outra: quando o Palmeiras não precisou de mim? Quando algum treinador falou para mim que eu não ia jogar? Nunca! Na semifinal do Paulista, tinha o tornozelo do tamanho de uma melancia, tive que ir para o banco e tiver que jogar. Responsabilidade cada um tem a sua. Se tenho três vezes mais, não tem problema. Mas não dá para dizer que o Palmeiras precisou do Valdivia e eu não estava lá. A pergunta é o contrário", disse.
O aumento do questionamento sobre as lesões aumenta mais uma vez neste momento justamente porque Valdivia enfrenta outra lesão. O chileno fez um esforço para estar em campo contra o Coritiba, mas voltou a sentir um incomodo e agora é dúvida para o duelo do final de semana diante do Internacional. O meia chegou até a admitir que, se o jogo fosse hoje, ele não entraria em campo.
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QUEM DERA QUE SE NO ATUAL ELENCO TIVESSE TRES DO MESMO POTENCIAL DO VALDÍVIA NOSSO TIME ESTARIA COM CERTEZA DISPUTANDO O TITULO