Em suas duas derrotas no ano, o Palmeiras não contou com Wesley. E o volante mostrou nesta quinta-feira que pode não só manter a invencibilidade, mas ser decisivo na busca pelo título paulista. O camisa 11 fechou o placar e teve atuação tão importante, após quatro jogos vetado por lesão muscular, que até uma ríspida discussão com Lúcio acabou minimizada.
Na saída do intervalo, quando o time vencia por 1 a 0, Lúcio e Wesley foram para os vestiários batendo boca. “Foi normal, para tentar evitar a saída pelo meio, pelas laterais seria mais fácil. Mas está boa a comunicação, vamos nos entrosando, nos conhecendo. E deu resultado no segundo tempo. Tivemos muitas chances de gol e mantivemos o controle da partida”, explicou Lúcio.
O volante já tinha ajudado batendo o escanteio que culminou no gol de Alan Kardec e, no segundo tempo, aproveitou passe do centroavante para fechar a vitória por 2 a 0. “Fiquei um pouco fora e senti um pouquinho, mas me senti bem. Sou magrinho, meu biótipo ajuda e não fiquei parado, fiquei na academia. Joguei os 90 minutos e me senti bem em campo”, sorriu Wesley.
Sua participação direta nos dois gols é o ponto alto de um desempenho decisivo como ‘motor’ do time. “Ele tem uma dinâmica de jogo muito boa, faz duas ou três funções, recompõe”, elogiou Fernando Prass. “O Wesley é diferenciado. Sai da linha defensiva para a ofensiva com muita qualidade”, completou Alan Kardec.
Fã do volante, Gilson Kleina comemorou sua volta após lesão na coxa direita. “Conversamos muito sobre a necessidade de movimentação. O adversário não esperava que o Wesley caísse pelos lados, achavam que ele viria por dentro e isso mexeu um pouco com o esquema do Bragantino. Ele procurou fazer as jogadas mais perigosas”, ressaltou o técnico.
O discurso de Wesley, contudo, é humilde. “Não, não sou o cara.
Sou mais um que tenta ajudar. Eu me movimento bastante, sempre procurando ocupar os espaços e fico feliz pelas estatísticas”, comemorou um dos invictos no Palmeiras em 2014.
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