Camisa 10 pede compromisso de palmeirenses com contrato no fim

Valdivia não deixou de mostrar o incômodo com relação ao comprometimento de alguns jogadores do elenco



Mesmo não atuando em 20 dos 36 jogos do Palmeiras nesse Campeonato Brasileiro, Valdivia aproveitou a longa entrevista coletiva nesta terça-feira, na Academia de Futebol, para pedir comprometimento aos seus companheiros. Em vários pontos da entrevista, a camisa 10 mostrou estar incomodado com a postura de alguns jogadores do elenco, principalmente aqueles que têm contrato apenas até o final do ano.



“Final de contrato é muito complicado, porque tem jogador que pensa: meu contrato está acabando e não vou me expor a ser xingado ou culpado pela queda. Isso acontece, não posso ser falso. Mas quem está terminando o contrato precisa pensar o contrário: eu posso permanecer no clube, vou mostrar que a diretoria pode confiar em mim, que o treinador pode confiar em mim”, revelou o chileno.



A bronca de Valdivia reflete em quase metade do elenco, sendo muitos do time titular escalado por Dorival Júnior. Artilheiro do Campeonato Brasileiro, Henrique negocia a renovação, mas não tem certeza de permanência, assim como Marcelo Oliveira, que chegou a ser capitão nas últimas rodadas. Este também é o caso de Bernardo, Bruno César, Victorino, Bernardo, e o também titular Juninho.



“Sou capitão, mas sempre que falei com vocês fui bem claro: não adianta um querer e os outros não. Tem jogadores que estão com contrato acabando, não é a mesma coisa sair daqui como jogador de série a ou de série b, mas a minha responsabilidade é a mesma de todos. Claro que você tem que exigir algo a mais pela experiência, pelos anos de clube, mas se o Palmeiras cair não será apenas o Valdivia que vai para a Série B”, lembrou Valdivia.



O meia também falou sobre as recorrentes declarações de Dorival Júnior a respeito do futebol do camisa 10. Para o treinador, que tenta tirar um elenco fraco da briga contra o rebaixamento, Valdivia é o único jogador acima da média que está à disposição do Palmeiras neste momento. O chileno, porém, acredita que este tipo de fala não pode gerar desconforto em uma reta final que pede ainda mais união.



“Eu não sei se essa declaração pode ciar mal estar no grupo, até porque ninguém veio a público criticar as declarações do treinador, ou mostrar algum tipo de crítica sobre isso. Acho que o treinador tem o direito de se expressar, e todos sabem da importância que tem aqui, não podemos ficar incomodados por tudo o que o treinador fala, finalizou o camisa 10 alviverde.

9603 visitas - Fonte: GazetaEsportiva

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