Frustrado, Prass incentiva abatidos em situação "horrível" da equipe

Goleiro quer elenco com parte psicológica forte para não deixar o Palmeiras cair (Cesar Greco/Ag Palmeiras)



Nos dois últimos jogos da temporada de seu centenário, o Palmeiras brigará para não ser rebaixado. Situação que deixa um sentimento frustrante claro em Fernando Prass, mas sem abatimento.



Um dos mais experientes do elenco, o goleiro trabalha para minimizar os danos da pressão sobre os jogadores que mais tem sentido o mau momento do time, a um ponto e uma posição da faixa de descenso do Brasileiro.



“O sentimento é de frustração por lutar por um objetivo que é ruim para o Palmeiras e para os jogadores também. É horrível jogar em uma situação dessas em um clube com essa grandeza.



Mas temos que focar no que realmente vai servir: o trabalho em campo e a parte mental fora dele. Dentro do possível, precisamos recuperar a confiança, estar com a parte psicológica melhor”, disse o veterano.



O camisa 25 relata seu incentivo a quem está abatido. “Tentamos diagnosticar os jogadores em situação mais difícil, porque cada um reage de uma maneira. Temos que trazer tudo de positivo para dentro do grupo e tentar, ao máximo, deixar o negativo do lado de fora”, discursou, avisando que não são só os mais jovens que sentem a pressão pelas quatro derrotas seguidas.



“A idade conta, o jogador mais jovem pode sentir mais momentos turbulentos como esse e é claro que os mais experientes tendem a se suportar melhor essa pressão, mas os mais jovens não atrapalham nem tem culpa. Nossa situação não se resolve com um toque de mágica, tirando os mais jovens ou os mais velhos. Rendimento bom ou ruim vai do momento do clube, é um conjunto”, comentou.



“É mais que natural e salutar o grupo se sentir pressionado. Seria desagradável se o grupo, na situação em que estamos, estivesse solto, leve, sem sentir esse. Aí, realmente, eu estaria preocupado porque seria nitidamente uma falta de comprometimento e preocupação. Mas encaramos um problema grave e precisamos de atitude forte para responder à altura”, cobrou.



Em meio ao trabalho psicológico, Prass admite os prejuízos por conta de tantos jogadores com contrato se encerrando até fevereiro, mas avisa que outros clubes também sofrem com a mesma dificuldade. Por isso, pede foco no campo, aliado à humildade de assumir as deficiências que deixam o time à beira da zona de rebaixamento.



“O primeiro passo para solucionar o problema é saber que ele existe. A coisa sai dos trilhos se tiver uma negação, achar que não está acontecendo ou que uma hora ou outra vai melhorar e ficar só no ‘valeu, vamos lá que domingo tem mais’. É óbvio que conversamos para achar soluções”, afirmou.

2835 visitas - Fonte: Gazeta Esportiva

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