Paulo Nobre é reeleito presidente do Palmeiras. E o que muda agora?

Paulo Nobre não deve ter mais a companhia de José Carlos Brunoro na diretoria



O Palmeiras terá o mesmo presidente pelos próximos dois anos. Paulo Nobre venceu a eleição disputada entre 10h e 19h deste sábado (29) com 2.421 votos dos 4.080 que foram votar.



Wlademir Pescarmona, candidato da oposição que tinha o apoio de Luiz Gonzaga Belluzzo, recebeu 1.611 de votos. Houve 48 votos brancos ou nulos.



"Espero que ele tenha aprendido com os erros. Não consegui identificar no Nobre algo que dê esperanças para o futuro", lamentou Pescarmona, após a apuração.



Ao lado dele, foram eleitos os mesmos vice-presidentes: Maurício Galliote, Genaro Marino, Antonino Jesse Ribeiro e Victor Fruges.



Apesar da reeleição, o palmeirense pode esperar algumas mudanças no seu clube. A primeira delas indica para a saída de José Carlos Brunoro. O diretor-executivo foi alvo de críticas durante dois anos e deve dar lugar a Rodrigo Caetano, homem que coordenou a campanha que recolocou o Vasco na Série A.



No restante da diretoria, as mudanças devem ser pontuais. As coordenadas continuarão passando pelas mãos de Mustafá Contursi e seu grupo, que muito trabalhou por Nobre nas duas eleições.



Dentro de campo, as mudanças não devem ser tão drásticas. Paulo Nobre já avisou que pode até pegar mais dinheiro de seu próprio bolso para manter a economia em dia. A política de austeridade não será desrespeitada. Dorival Júnior já ouviu do próprio mandatário que ficará ao menos até o fim de seu contrato, no meio de 2015.



A esperança de dias melhores no futebol fica por conta da entrada de dinheiro do Allianz Parque. Com ao menos R$ 60 milhões estimados de receita por causa do novo estádio, o torcedor vive a esperança de dias melhores nos gramados.



A lista de dispensa já está elaborada e tem nomes como Bernardo, Bruno César, Wendel, Juninho, Victorino e Eguren. Marcelo Oliveira e Henrique dificilmente renovarão seus vínculos e também sairão. Wesley deixará o time em fevereiro.



Nobre também tem a missão de conseguir um patrocínio máster, aquele que seria seu primeiro desde quando assumiu o clube, há dois anos.



Internamente, os aliados do atual presidente têm a esperança de que ele ouça um pouco mais de conselhos. A situação também tem certeza que Nobre percebeu que cometeu erros graves, especialmente no futebol.





Paulo de Almeida Nobre, 46 anos, advogado e empresário, é conselheiro do Palmeiras desde 1997. Foi Diretor Social no período entre 1999 e 2002, e ocupou uma das vice-presidências entre 2007 e 2008. Candidatou-se a presidente pela primeira vez em 2011, contra Arnaldo Tirone, e saiu vencedor no pleito de 2013, com 153 votos contra 106 do concorrente Décio Perin. É o atual presidente do clube no biênio 2013/2014, reeleito para 2015/2016

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