Protesto, eleição, choro, confusão e alívio: o dia palmeirense na Turiassu

30/11/2014 08:16

Protesto, eleição, choro, confusão e alívio: o dia palmeirense na Turiassu

Em dia de eleição e de jogo decisivo no Sul, palmeirenses sofrem na rua da arena palmeirense. Primeiro com o pleito, depois assistindo à partida nos bares

Protesto, eleição, choro, confusão e alívio: o dia palmeirense na Turiassu

Polícia garantiu a segurança durante as eleições no clube (Foto: Felipe Zito)



Desde as primeiras horas da manhã deste sábado, torcedores do Palmeiras começaram a ocupar as ruas Caraíbas e Turiassu, na Zona Oeste de São Paulo e localizada a poucos metros da entrada principal da sede social do clube. Vestindo verde ou branco, os grupos liderados por Paulo Nobre e Wlademir Pescarmona aproveitaram a primeira eleição direta, com a participação dos sócios, para fazer intensa campanha até os últimos minutos do pleito.



Dispostos, os dois candidatos passaram o dia conversando com associados, conselheiros e torcedores na entrada do ginásio Palestra Italia. Apesar da forte rivalidade nos bastidores, tanto Nobre quanto Pescarmona conversaram com adeptos de diferentes alas e ouviram sugestões e apelos. Um dos principais assuntos era o futebol e o futuro da equipe no Campeonato Brasileiro. Do lado de fora, porém, membros de organizadas protestaram contra a atual administração durante grande parte da tarde e ofenderam o atual presidente em diversas oportunidades.

Com o término da votação, por volta de 19h, o clima esquentou no clube. Mais presentes, membros da oposição se posicionaram em frente ao ginásio à espera do anúncio oficial e passaram a cantar músicas de exaltação ao Palmeiras e contra Paulo Nobre. Uma confusão entre dois associados foi rapidamente controlada.



Depois do anúncio oficial do resultado que deu ao atual presidente mais dois anos à frente do clube, o clima de tensão aumentou. Insatisfeitos com a derrota de Pescarmona, membros da oposição foram cobrar conselheiros e simpatizantes da situação, que ficaram acuados na saída do local de votação. A segurança do clube e policiais passaram a ter mais trabalho, ainda mais após o primeiro gol do Internacional em Porto Alegre.



Antes de deixar o clube, Pescarmona encontrou diversos associados chorando e tentou levar uma palavra de apoio aos torcedores. Momentos antes, ele havia feito um rápido pronunciamento desejando sorte ao presidente Paulo Nobre.



- Queria agradecer aos sócios. Os 1.600 votos que eu tive foram importantes para a minha campanha. Ele ganhou, parabéns para ele, tomara que seja muito feliz e que nos tire dessa situação muito triste. Temos de tocar a vida, vou continuar aqui todos os dias da minha vida e torcendo para que o Palmeiras saia dessa situação - disse o candidato.



Com Nobre na Academia de Futebol - ele havia programado um pronunciamento para depois da partida contra o Internacional, mas falou com os jornalistas no intervalo do confronto -, o clube ficou praticamente tomando por membros da oposição após o pleito. Na saída da sede social, Pescarmona foi levado pelos torcedores e, emocionado, foi bastante exaltado por alguns palmeirenses.



O momento de comoção se transformou em mais protestos. Após alguns xingamentos e tentativa de agressão a um conselheiro, palmeirenses mais exaltados tentaram invadir o clube. Mais uma vez, policiais precisaram entrar em ação para conter a situação. E, quando o clima parecia viver o auge da tensão, um gol em Porto Alegre serviu para transformar a Turiassu. A cabeçada de Renato que empatava o duelo no Beira-Rio em 1 a 1 fez os alviverdes explodirem em alegria e devolverem uma tranquilidade, mesmo que momentânea.



Concentrados nos bares próximos ao clube, palmeirenses continuaram acompanhando o confronto em Porto Alegre. Mas os dois gols sofridos na segunda etapa mudaram o clima. Com a derrota no Sul confirmada, restou ao Verdão torcer contra o Vitória para continuar dependendo apenas de suas próprias forças para se manter na Série A do Campeonato Brasileiro.



Com 39 pontos, o time do técnico Dorival Júnior ocupa a 16ª colocação, com um ponto de vantagem para o Rubro-Negro baiano. Por isso, os gols marcados pelo Flamengo em Manaus foram festejados, mesmo que com um misto de vergonha e alívio.



Mais uma vez favorecido pelos rivais diretos, o Verdão, que agora soma cinco derrotas consecutivas no Brasileirão, chega para a última rodada precisando de um triunfo diante do Atlético-PR. Mesmo ameaçado e em péssima sequência no torneio, Paulo Nobre mantém confiança e garante um final "feliz" para os palmeirenses.



- O Palmeiras não vai cair - afirmou o dirigente.







3588 visitas - Fonte: Ge

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