Sequência que "vitimou" Gareca afundou Palmeiras de Dorival

1/12/2014 12:15

Sequência que "vitimou" Gareca afundou Palmeiras de Dorival

Sequência que

a 1º de setembro de 2014: Ricardo Gareca é demitido do Palmeiras apenas quatro meses após a sua contratação. Dia 3 de setembro de 2014: Dorival Junior é anunciado como novo treinador da equipe alviverde.



Desde então, o time chegou a se considerar praticamente livre de qualquer risco de rebaixamento à Série B. Neste 1º de dezembro de 2014, a apenas uma rodada do término do Campeonato Brasileiro, contudo, encontra-se na mesma posição em que foi deixado pelo técnico argentino: a 16ª (e extremamente ameaçado pelo rebaixamento).



Mas quando o Palmeiras de Dorival Júnior afundou? Coincidência ou não, exatamente na mesma sequência de nove jogos enfrentada por Gareca ainda no primeiro turno.



O treinador argentino comandou o Palmeiras pela primeira vez na 10ª rodada do Campeonato Brasileiro, diante do Santos, na Vila Belmiro. O jogo era o primeiro da competição nacional após a Copa do Mundo. Desentrosado, o time alviverde jogou mal e perdeu por 2 a 0.



Daí para frente, Gareca só esteve à frente do banco de reservas palmeirense na Série A em mais oito partidas. A sequência, todos dizem, foi dura: dois clássicos (São Paulo e Corinthians), jogos contra as duas equipes mineiras (Cruzeiro e Atlético-MG), partida diante do forte Internacional e outras três mais simples (contra Bahia e Coritiba, em casa, e Sport, fora).





O argentino só conseguiu fazer o Palmeiras somar pontos em dois destes compromissos: empatou com o time tricolor baiano por 1 a 1 e venceu a equipe paranaense por 1 a 0. Os comandados de Gareca, então, perderam para Santos, São Paulo, Corinthians, Cruzeiro, Atlético-MG, Sport e Inter. Nestes nove jogos, o time alviverde conquistou somente quatro de 27 pontos possíveis. A mudança, segundo a alta cúpula alviverde, mostrava-se necessária. Não abrir mão de Gareca naquele momento do Campeonato Brasileiro poderia custar caro demais ao Palmeiras, entendiam os cartolas.



Dorival Júnior pode ser rebaixado com o Palmeiras



E então aconteceu: o técnico estrangeiro foi demitido após tropeço por 1 a 0 para o Inter no Pacaembu e deixou o clube alviverde sob críticas por escalar um time extremamente ofensivo. No duelo contra a equipe colorada, por exemplo, Marcelo Oliveira era o mais defensivo dos meio-campistas palmeirenses.



A equipe titular tinha Mendieta, Allione, Leandro, Mouche e Cristaldo. “Chegamos à conclusão de que os resultados não estavam acontecendo, estava faltando evolução. Não enxergávamos evolução no time”, disse o presidente Paulo Nobre, na ocasião, ao justificar a saída de Gareca.



Então, Dorival Júnior chegou. Depois de uma vitória, duas derrotas e um empate nos quatro primeiros jogos, caiu por 6 a 0 para o Goiás no Serra Dourada. Aquele jogo foi apontado pelos atletas como o divisor de águas do Palmeiras no Campeonato Brasileiro.



O time surpreendentemente se acertou dali em diante, emendou quatro vitórias nos cinco jogos seguintes e parecia ter enfim se livrado de qualquer chance de rebaixamento. Na 29ª rodada, Dorival se sentou no banco de reservas do Pacaembu com a sua equipe cinco pontos longe da zona da degola.



Mas qual era o jogo? Contra o Santos. O mesmo que havia “inaugurado” a Era Ricardo Gareca no Palmeiras, ainda no primeiro turno do Campeonato Brasileiro. E foi a partir deste jogo que o time de Dorival se afundou e caiu pelas tabelas da competição nacional.



Se Gareca conseguiu sair com quatro pontos dos jogos contra Santos, Cruzeiro, Corinthians, Bahia, Atlético-MG, São Paulo, Sport, Coritiba e Inter, o sobrinho do ex-jogador Dudu deixou esta mesma série com cinco (venceu o Bahia e empatou com Corinthians e Cruzeiro). Apenas um ponto a mais que o argentino.





Comparado ao de Gareca, o Palmeiras de Dorival Júnior se mostrou muito mais defensivo. Contra o Inter, neste sábado, no Beira-Rio, por exemplo, três zagueiros e três volantes foram mandados a campo. Está certo que Valdivia, machucado, não estava à disposição.



Mas, no primeiro turno, o chileno só pode ser escalado pelo técnico argentino em uma ocasião – contra o São Paulo, quando só jogou por 13 minutos. Ou seja: Gareca fez um ponto a menos que Dorival nas mesmas nove partidas sem o principal jogador do time. E também sem um goleiro confiável.



Enquanto Gareca viu Fábio falhar constantemente por não poder contar com o machucado Fernando Prass, Dorival teve a chance de mandar o experiente arqueiro a campo em toda a sequência que começou contra o Santos e terminou diante do Inter.



Mesmo assim, perdeu seis partidas por pelo menos dois gols de diferença neste período. Gareca? Somente duas. Apesar de mais ofensivo, o Palmeiras do treinador argentino dava mais trabalho aos adversários. Perdia de menos.



O próximo compromisso alviverde será contra o Atlético-PR, em casa, pela 38ª e derradeira rodada do Campeonato Brasileiro. No primeiro turno, este foi o jogo que marcou a estreia de Dorival Júnior no Palmeiras.



O resultado? 1 a 1, na Arena da Baixada. Se ele se repetir no domingo, pode não ser suficiente para evitar o vexame de um novo rebaixamento ao clube que mais venceu títulos nacionais na história do futebol brasileiro.



E aí, será necessário aprender que, independente do técnico, nunca se pode formar um elenco incapaz de resistir a sequência de partidas duras em um campeonato de pontos corridos. Uma hora ou outra, a conta chega. E ela pode ser cara demais.



















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