Marcelo Oliveira lembra de ‘milagre’ para se motivar contra a queda do Verdão

Volante passou quase dois anos afastado dos gramados, entre 2007 e 2009, por causa de uma infecção hospitalar. Caso foi usado em vídeo motivacional no último domingo

Para quem já correu o risco de ter a perna amputada, lutar contra o rebaixamento até a última rodada do Campeonato Brasileiro não assusta. O volante Marcelo Oliveira, do Palmeiras, se apega a um “milagre” que viveu na carreira para se motivar às vésperas da definição do futuro do clube na competição.



- Fiquei um ano e dez meses sem jogar por causa de uma infecção hospitalar, corri sérios riscos. Uma infecção dessas, quando pega forte, pode chegar ao ponto de amputar a perna para não generalizar. Foi muito difícil, mas Deus me curou.



Jogo até hoje porque Deus fez um milagre na minha vida – lembrou o jogador, que teve as complicações entre 2007 e 2009, quando jogava no Corinthians e operou o joelho esquerdo.



A situação serviu de motivação para o grupo. No domingo, antes do jogo contra o Internacional, em Porto Alegre, os jogadores assistiram a um vídeo motivacional e Marcelo Oliveira foi citado como exemplo de superação.



- Vimos um vídeo relembrando a história de cada um, tudo o que já passamos. Na minha hora, falaram do joelho. O vídeo nos motivou bastante, fez cada um lembrar do que passou.



Ninguém chega aqui de repente. Na dificuldade, é bom lembrar de tudo o que se passou para entrar forte e encarar a situação – acrescentou ele, apesar da derrota por 3 a 1 para o Colorado.



Totalmente recuperado do antigo problema físico, Oliveira é o recordista de jogos do elenco na temporada: entrou em campo em 53 dos 63 jogos do Verdão.



O 54º será no domingo, contra o Atlético-PR, em São Paulo: uma vitória garante a permanência na Série A. Em caso de empate, será preciso torcer para o Vitória não vencer o Santos, no Barradão. Se perder, será preciso secar também o Bahia, contra o Coritiba, no Couto Pereira.



- Valorizo cada treino, só o fato de levantar da cama e andar. Via minha gente que tinha passado pela mesma situação e ficou andando de botinha, com uma perna menor que a outra. Sou grato a Deus por jogar bola – completou.

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