Membros de torcida organizada protestam contra Paulo Nobre em frente ao Palmeiras Adriano Vizoni/Folhapress
Paulo Nobre tem desafios no seu segundo mandato. Durante campanha, o presidente do Palmeiras fez promessas a seus pares e gerou expectativa de mudanças no seu jeito de gerir, especialmente no futebol, foco de grande reclamação de quase que todos associados, inclusive os que reelegeram o dirigente. O primeiro foco é a mudança na entrada de receitas.
No clube, há a expectativa de um acerto breve com um patrocinador máster. Nobre e sua diretoria conversam com duas empresas não reveladas. Há a expectativa de ver a camisa alviverde com um parceiro já em 2015.
Para isso, o Palmeiras também precisará renovar com a Adidas ou encontrar uma nova fabricante. O presidente faz jogo duro com a parceira porque entende que seu clube está com valores defasados em relação a outros times que também têm a multinacional como fornecedora de materiais esportivos. O Fluminense é o principal exemplo: vende menos camisas e ganha mais dinheiro.
Por fim, há a expectativa entre conselheiros de acertar a parceria com um fundo de investimentos, que colocaria dinheiro no futebol em troca do direito de vender atletas no futuro.
O cartola também não cansa de repetir que a próxima temporada será diferente de tudo o que aconteceu até agora. Segundo ele, quase não há receitas comprometidas por adiantamentos de outros presidentes e isso fará com que os investimentos no elenco aumentem. Tudo sempre dentro do limite da austeridade financeira.
Outra receita que pode chegar na casa dos R$ 80 milhões vem do Allianz Parque. Essa é a estimativa mais otimista feita pela construtora em conjunto com o clube. Entra nisso a verba proveniente de jogos, eventos e shows que acontecerão na casa alviverde.
Nobre também admitiu que errou muito na gestão do futebol. Não só publicamente, mas internamente, na conversa com os seus mais importantes diretores e vices. Ele prometeu que ouvirá mais conselhos e que tentará deixar para trás o rótulo de centralizador, que deixou muito de seus pares decepcionados.
Um desses passos será deixar de lado o apoio irrestrito a José Carlos Brunoro. O diretor-executivo não ficará e pode ser substituído ou por Alexandre Mattos, do Cruzeiro, ou por Eduardo Maluf, do Atlético-MG, ou por Rodrigo Caetano, que deixou o Vasco recentemente.
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