Mustafá protege Nobre: 'É obrigação dos atletas evitar o rebaixamento'

Mustafá Contursi, ex-presidente do Palmeiras



Presidente do Palmeiras no primeiro rebaixamento do clube, no Brasileiro de 2002, e principal articulador da eleição de Arnaldo Tirone, mandatário no segundo descenso em 2012, Mustafá Contursi é um dos grandes aliados de Paulo Nobre, e mostra seu apoio após a reeleição do dirigente. O ex-presidente faz questão de passar apenas aos jogadores a obrigação de evitar uma terceira queda para a Série B.



"Os atletas são profissionais, bem remunerados, recebem do clube todo apoio e todas as condições. Eles têm que se superar e se dedicar nessa obrigação. É obrigação deles agora. Não é obrigação do dirigente nem do torcedor, é obrigação dos atletas. Eles têm essa responsabilidade", disse Mustafá à Gazeta Esportiva.



Para não cair na temporada de seu centenário, o time alviverde precisa vencer o Atlético-PR no domingo, no Palestra Itália, ou torcer para que Vitória e Bahia não derrotem Santos e Coritiba, respectivamente. Uma campanha aquém da esperada, e que Mustafá atribui a administrações anteriores do clube, inocentando Nobre.



"A reeleição foi uma decisão da vontade dos associados, confirmando a vontade dos conselheiros e de toda a coletividade. O palmeirense sabe que o clube precisa de uma recuperação, e não de manifestações histéricas que nos trouxeram a essa draga que estamos nos últimos anos", definiu o ex-presidente.



Mustafá nem se arrisca a falar em esperança de time melhor no ano que vem. "Enquanto o Palmeiras não reequilibrar sua administração e sua condição financeira, não adianta ficar falando histericamente sobre o que vai fazer, deixar de fazer ou quem vai ajudar. E isso demora tempo para ser conquistado. Ou melhor, reconquistado."



A histeria citada é um ataque direto ao candidato derrotado na eleição de sábado. Wlademir Pescarmona, apoiado pelo ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, avisava ter apoio de um grupo de empresários palmeirenses para investir no futebol profissional. Esse fundo, segundo a oposição, tinha patrocinadores acertados para o uniforme, R$ 30 milhões garantidos para 2015 e buscava outros R$ 50 milhões para a próxima temporada.



Mustafá, aparentemente, não confiava na promessa. "O clube sempre teve grandeza nesses 100 anos de fazer aquilo que sua grandeza conseguiu conquistar. Tivemos algumas parcerias em igualdade de condições, até colocando a grandeza do clube a serviço dos parceiros, mostrando que era um bom negócio para todas as partes", lembrou o dirigente, presidente do clube entre 1993 e 2005, durante a vitoriosa cogestão com a Parmalat.

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