Com histórico de tropeços, Palmeiras terá de superar jejum na última rodada

Alviverdes não se despedem do Campeonato Brasileiro com vitória desde 2005. De lá para cá, time acumula derrotas inesperadas e frustrações

Dorival precisa vencer para não depender de rivais (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)



Apesar das cinco derrotas consecutivas na reta final do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras chega para a última rodada da temporada dependendo apenas das suas próprias forças para se manter na elite do futebol nacional. O problema é que o Verdão tem vivido situação semelhante nos últimos anos e, com objetivos diferentes, não sabe o que é vitória na despedida do ano desde 2005.



Neste período, os alviverdes fecharam o Brasileirão mais decepcionando do que dando uma alegria aos torcedores. Muitas vezes dentro do antigo estádio Palestra Italia, os palmeirenses viram o time perder vagas para a Libertadores, rivais comemorarem título e ainda tiveram de contar com a ajuda de adversários para, mesmo no tropeço, atingir a meta do ano.



No domingo, o Verdão encara o Atlético-PR com um único objetivo: conseguir os três pontos, chegar aos 42 e não depender de nenhum rival para evitar o terceiro rebaixamento da sua história. O Vitória, com 38 pontos e que encara o Santos em casa, e o Bahia, com 37 e que pega o Coritiba no Paraná, são os concorrentes na última vaga.



2005: a última vez



Palmeirenses lotaram o antigo estádio Palestra Italia para uma briga direta com o Fluminense por uma vaga na Libertadores. Comandado por Emerson Leão, o Verdão virou o placar, venceu por 3 a 2 e roubou a quarta colocação dos cariocas. Foi o último triunfo alviverde na última rodada do Campeonato Brasileiro.



2006: salvo pelo Verdão de Goiânia



Palmeiras e Fluminense encerraram o Brasileirão pelo segundo ano consecutivo. A disputa desta vez, porém, foi muito mais modesta e, por causa da ajuda dos rivais, tranquila. Uma rodada antes, a vitória do Goiás diante da Ponte Preta no Serra Dourada favoreceu paulistas e cariocas e rebaixou a equipe de Campinas. Por isso, o empate em 1 a 1 no Maracanã não interferiu na classificação do Verdão, 16º, e do Tricolor, 15º.



2007: festa só contra o rival



O Verdão de Caio Júnior entrou em campo precisando de uma vitória simples para garantir a sua classificação para a Libertadores. O estádio Palestra Italia estava preparado para festa: casa cheia, time empolgado e possibilidade de ver o Corinthians rebaixado para a Série B. No fim, a derrota por 3 a 1 para o Atlético-MG tirou o Palmeiras da zona de classificação para a competição continental. Coube aos alviverdes festejarem a queda do rival, confirmada minutos depois do fim da partida alviverde.



2008: ajuda rubro-negra



Durante a semana, Vanderlei Luxemburgo classificou a partida contra o Botafogo, no Palestra Italia, como o "jogo do ano" para o Verdão. Dentro de campo, porém, mais uma decepção em casa: derrota por 1 a 0. Apesar do resultado negativo, a equipe conseguiu atingir seu objetivo e se classificou para a Libertadores na quarta colocação, com 65 pontos, graças ao tropeço do Flamengo, que terminou com 64 pontos, diante do Atlético-PR em Curitiba.



2009: queda livre



Comandado por Muricy Ramalho, o Palmeiras foi apontado durante grande parte do Brasileirão daquele ano como o grande favorito ao título nacional. Mas a inesperada queda de produção na reta final custou aos alviverdes o troféu e também a classificação para a Libertadores. Contra o Botafogo, no Rio, a derrota por 2 a 1 fez o Verdão cair da terceira para a quinta colocação, dando espaço para São Paulo e Cruzeiro fecharem o G-4 ao lado do Inter e do campeão Flamengo.



2010: tabela definida



O Palmeiras chegou para a última rodada do Brasileirão sem nenhum objetivo. Na décima colocação, Felipão até havia resolvido antecipar as férias de parte do elenco antes mesmo da partida contra o Cruzeiro. Em Sete Lagoas, o Verdão até saiu na frente, mas foi derrotado em 2 a 1 em resultado que deu aos mineiros o vice-campeonato nacional.



2011: clássico zerado



A grande expectativa do Palmeiras na última rodada do Brasileirão de 2011 era tirar o título do Corinthians. Na 11ªcolocação, o Verdão entrou em campo no Pacaembu com objetivo de estragar a festa alvinegra. O empate sem gols, porém, acabou confirmando a conquista do rival e ampliando o jejum alviverde.



2012: despedida melancólica



O segundo rebaixamento palmeirense já havia sido determinado na 36ª rodada quando o Verdão enfrentou o Santos na Vila Belmiro, na última partida do Brasileirão daquele ano. Abatidos, os palmeirenses até largaram na frente do marcador, mas não conseguiram segurar Neymar e companhia. No fim, o placar mostrou 3 a 1 a favor dos alvinegros.



2013: tropeço até na Série B



O Palmeiras de Gilson Kleina não encontrou muitas dificuldades para garantir o acesso e o título da Série B de 2013. No fim, os alviverdes fecharam o torneio com sete pontos de vantagem para o segundo colocado e uma folga de 20 pontos para o primeiro time fora do G-4. Apesar da boa campanha, a última partida não foi positiva: derrota por 1 a 0 para a Chapecoense, em Santa Catarina.

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