Contratação de Henrique é um risco calculado

Henrique é o vice-artilheiro do Brasileirão, com 15 gols (Foto: Miguel Schincariol)



Henrique está longe de ser unanimidade dentro e fora do Palmeiras, é verdade. Perde mais gols do que faz, é verdade também. Ainda assim, ele é vice-artilheiro do Brasileirão deste ano, ao lado do cruzeirense Ricardo Goulart, mesmo atuando em um time frágil, limitado e que briga para não ser rebaixado. Mas vamos deixar um pouco de lado a questão técnica e analisar a questão financeira.



Para ficar com o atacante em definitivo, o Palmeiras precisará desembolsar até o fim do ano ao Mirassol pouco mais de R$ 6 milhões por 50% dos direitos econômicos. Hoje, no futebol brasileiro, pagar esse valor está longe de ser uma loucura. A contratação dele, além de ser importante para a montagem do time de 2015, tem boa chance de render lucros significativos ao clube num futuro não muito distante.



Se o desempenho dele no Brasileirão foi bom e acima do esperado, podemos esperar por mais no Paulistão, que é tecnicamente inferior. Se vier a brilhar no primeiro semestre do próximo ano, Henrique terá um mercado ainda maior fora do Brasil. Logo, o Verdão poderá revendê-lo por um montante acima do que pagou. É um risco? Sim. Mas é um risco calculado e que vale a pena correr.



Aos olhos de times medianos da Europa e da Ásia, o Degolador é uma aposta interessante. Ele tem apenas 25 anos, está atrás apenas de Fred, que foi o camisa 9 da Seleção Brasileira na última Copa do Mundo, na artilharia do principal campeonato do país e, de quebra, atua como atacante de área, uma posição cada vez mais escassa no futebol moderno.

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