O português costuma levar em consideração a opinião familiar, principalmente após ficar quase dois anos longe da esposa e filhas. A palavra final, no entanto, será dele.

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Adaptadas ao Brasil, onde moram desde o início do ano passado, Ana Xavier, Maria Inês e Mariana gostariam de ficar no país. A companheira de Abel até demorou para ser convencida da mudança, que considerava arriscada sabendo da instabilidade que o cargo de treinador possui. Contudo, hoje ela está convencida sobre a segurança que seu marido tem no Verdão, onde é ídolo.

Ainda assim, é Maria Inês, filha mais velha de Abel, quem mais tem curtido a vida em São Paulo. E não somente por voltar a ficar próxima do pai, mas também por ter feito amizades e criado algumas rotinas na capital paulista. Dentre os membros da família Ferreira, a adolescente foi quem pegou mais rapidamente o estilo de vida paulistano.

Inês, inclusive, era quem mais sentia falta de Abel Ferreira no período em que o técnico morou sozinho no Brasil. Enquanto isso, a família seguia em Penafiel, distrito da cidade do Porto, em Portugal.

Focado no último compromisso palmeirense na temporada, contra o Cruzeiro , Abel viverá um dilema nos próximos dias: escolher entre ficar no Palmeiras, onde está adaptado e é amado, ou se tornar o treinador mais bem pago do mundo no Al-Sadd. O clube catari, inclusive, está disposto a pagar a multa rescisória de 3 milhões de euros (cerca de R$ 16 milhões) que o técnico tem com o Verdão.

A equipe do Oriente Médio já está acertada com o estafe de Abel Ferreira, restando apenas a decisão do treinador para dar, ou não, prosseguimento ao negócio.