Prass vê Palmeiras "sem perfil" e evita comemorar vaga na Série A

Goleiro diz que as constantes mudanças de treinadores em 2014 fizeram com que a equipe não conseguisse adquirir uma identidade na Série A

Fernando Prass foi um dos poucos jogadores que escaparam das críticas da torcida (Foto: Marcos Ribolli)



O Palmeiras deverá passar por uma reformulação para a próxima temporada. Uma das mudanças que poderá ocorrer é a saída do técnico Dorival Júnior. No entanto, o goleiro Fernando Prass admitiu durante o "Arena SporTV" que uma das dificuldades encontradas pela equipe é encontrar um perfil. Algo bastante complicado por conta das muitas mudanças de treinador que o clube teve durante 2014. O Verdão passou por quatro treinadores neste ano. Só em 2014, o Palmeiras teve Gilson Kleina, Alberto Valentim, Ricardo Gareca e, finalmente, Dorival Júnior.



- Realmente, é algo difícil encontrar um perfil para a equipe, porque isso muda de treinador para treinador. Cada técnico que chega muda de jogadores, porque acha que determinados atletas se encaixam melhor com sua forma de jogar. Depois o clube dispensa esse treinador e chega outro, com outra filosofia. Aí os jogadores não conseguem entender essa outra filosofia. Eu falei da parte física, mas muitas vezes o mental é mais difícil. O psicológico trava e a perna pesa. O jogador treina, mas não consegue desenvolver em campo por causa da parte mental - disse.



Fernando Prass reconheceu que a sensação dos jogadores após a confirmação do Palmeiras ter ficado na Série A foi de alívio, apesar de defender que isso não é algo digno da tradição do clube.



- É um misto de sensações, alívio, consciência tranquila. Comemorar não é a palavra certa, mas infelizmente a nossa situação ontem foi essa. O clube como um todo tem que tirar lições disso, para não sofrer outro ano como neste - disse.



Ao falar sobre o seu ano profissional, Prass lembrou que também passou por situações difíceis em 2014. O goleiro sofreu com uma lesão no cotovelo direito, que inclusive foi operado, e enfrentou problemas pessoais.



- Para mim foi um ano atípico. Difícil pela situação do clube, pela minha lesão séria, por um problema pessoal complicado. Pelo menos dos males o menor. Nunca tinha passado por uma situação dessas, mas a experiência ajuda. O problema foi depois que acabou o nosso jogo, eu também não aguentei os nervos. A gente não podia fazer mais nada, só torcer - afirmou.



O Palmeiras ficou no empate em 1 a 1 com o Atlético-PR neste domingo, pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro, mas só pode comemorar a permanência na Série A com a confirmação da derrota do Vitória, para o Santos, por 1 a 0. Um triunfo do Rubro-Negro baiano rebaixaria o Alviverde.

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