Sem dormir, Prass relembra susto e lamenta por centenário frustrante

Goleiro vê time evitar "tragédia" no fim do campeonato, mas reconhece que a temporada foi de poucas alegrias para o torcedor palmeirense

Fernando Prass relembra susto causado por repórter que

lhe informou sobre gol do Vitória (Foto: Fernando Vidotto)



Fernando Prass mal conseguiu dormir na noite de domingo para segunda-feira. Ainda na adrenalina pelo duelo contra o Atlético-PR, que selou a permanência do Palmeiras na primeira divisão do Campeonato Brasileiro, o goleiro relembrou os minutos de tensão que viveu na arena, entre o fim de jogo do Verdão e o gol do santista Thiago Ribeiro no Barradão. Por alguns segundos, o palmeirense pensou que o time estivesse rebaixado.



- O repórter me deu o fone para acompanhar (o jogo entre Vitória e Santos), só que eu ouvia a narração e não conseguia identificar quem estava atacando e quem estava defendendo. Fui entregar o fone para ele, disse que não queria ouvir, e nisso ele me falou: "gol!". Perguntei de quem, e ele falou que era do Vitória. Foi um susto, eu fiquei tentando entender porque logo vi nossa torcida vibrando, aí ele falou: "ah, me enganei, foi gol do Santos".



Durante o jogo, o Verdão esteve por quase nove minutos rebaixado. Foi o tempo que durou entre o Atlético-PR abrir o placar e o gol do Bahia no Couto Pereira na sequência até a cobrança de pênalti de Henrique no estádio do Palmeiras. Ali, no entanto, os jogadores ainda não sabiam dos resultados paralelos.



- Só soubemos mais no segundo tempo. Tinha de manter a calma. Quando o jogo ainda está rolando é mais fácil, você se concentra no jogo e esquece um pouco dos outros, mas quando acabou o nosso, aí o nervosismo tomou conta e o clima ficou pesado - contou Prass.



O goleiro lamenta que o ano do centenário palmeirense tenha sido de poucas - ou nenhuma - alegria para o torcedor. O time não conseguiu conquistar nenhum título e passou boa parte do Campeonato Brasileiro lutando contra o que seria seu terceiro rebaixamento em 12 anos.



- A sensação é de alívio que a temporada acabou. Não foi o melhor ano, mas não terminou de forma trágica. Foi um ano difícil para o clube e para mim também em razão das lesões que tive, então foi um ano bem puxado. Foi especial por causa da data (centenário) que representava para o clube, teve a estreia da arena, mas, desportivamente falando, foi um ano muito ruim.

3495 visitas - Fonte: GloboEsporte

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