Palmeiras muda comando do futebol e demite Dorival e Brunoro

Mesmo poupado da ira dos torcedores, goleiro do Palmeiras se colocou à disposição para reavaliação



Decisivo para a permanência do Palmeiras na primeira divisão do Campeonato Brasileiro, o goleiro Fernando Prass não se intimidou para apontar o principal motivo para os problemas da equipe na temporada – as corriqueiras mudanças de planejamento por parte da diretoria. O que não impediu o veterano de 36 anos de esperar uma nova reformulação para 2015.



“A gente trocou de treinador três vezes. Tivemos três replanejamentos. O Kleina fazia um tipo de trabalho, tinha um time. O Gareca, outro. Com o Dorival, a mesma coisa. Tudo isso aconteceu em um ano.



Um grupo é formado por 11 jogadores em campo mais o pessoal que fica fora, então dificulta. Em um momento de pressão, você nem sabe como o seu companheiro reage. Há gente que está só há poucos meses aqui”, lamentou Prass.



É provável que o mesmo processo se repita já no início de 2015. O presidente Paulo Nobre optou por demitir todo o comando do futebol. José Carlos Brunoro, Omar Feitosa e Dorival Júnior e precisará reforçar o time que passou vergonha, segundo a sua própria torcida, na temporada do centenário.



“Não quero me meter na parte da diretoria, mas a necessidade de reformulação é uma conclusão mais do que óbvia”, avisou Prass. “Se você tem um time que quase caiu para a segunda divisão e quer melhorar, é preciso mudar. Se mantiver a mesma conduta, o resultado será um pouco melhor ou um pouco pior, mas bem abaixo do que pede a grandeza do Palmeiras”, acrescentou.



Apesar da consciência de que o elenco atual está abaixo das tradições do clube, o goleiro tomou o cuidado de não incluir totalmente Dorival Júnior em sua crítica. “O Dorival tem a responsabilidade dele, assim como nós. Mas ele não teve pré-temporada.



Veio, botou o time para jogar e foi apagando incêndio. É difícil fazer uma avaliação assim”, ressalvou.

O próprio Fernando Prass se colocou como alvo de uma reavaliação dos dirigentes. “Isso será feito para todos, e eu me incluo no grupo.



Repasso a decisão para a diretoria. Se não estiverem satisfeitos, tomo o meu caminho”, aceitou, embora tenha sido um dos poucos poupados da revolta da torcida ao término da temporada do centenário.

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