Nobre não consegue esquecer o sofrimento para evitar o rebaixamento no domingo e, enfim, admite que errou
Durante o segundo tempo do empate com o Atlético-PR, no domingo, foi difícil Paulo Nobre ficar à vista do público de seu camarote no Palestra Itália. Xingado pelos torcedores, o presidente ainda não consegue esquecer o sofrimento que passou, torcendo para o Vitória não vencer o Santos. A derrota baiana manteve o Palmeiras na Série A do Brasileiro, mas o dirigente sabe que é culpado pelo sufoco na temporada do centenário do clube.
“Não sei se foram mais erros do que acertos, mas ficou claro que não podem mais se repetir os erros que aconteceram. Os erros foram capitais para o Palmeiras chegar àquela situação do último jogo do campeonato”, disse o mandatário, que, ao longo de toda a temporada do centenário, mostrou dificuldades para admitir qualquer equívoco.
Mas a apreensão de domingo lhe deixou marcas. “Foi um momento de angústia muito grande. Nem no meu pior pesadelo imaginei chegar à presidência e flertar com a segunda divisão como aconteceu. Foi muito sofrido”, lembrou, sem se arriscar a detalhar seus erros, até por conta do jogo de domingo.
“É um momento difícil porque há alguns dias o Palmeiras escapou do rebaixamento porque um adversário que disputava a vaga não ganhou seu jogo. As lembranças agora são sempre desse sufoco no final”, afirmou, garantindo, agora, que detectou as falhas de sua gestão em avaliação interna, já agiu dispensando o técnico Dorival Júnior, o gerente de futebol Omar Feitosa e o diretor executivo José Carlos Brunoro e promete mais correções.
“A gestão teve erros e acertos. É necessário ter muita calma, manter o que deu certo e ter personalidade e humildade para trocar uma porção de processos no clube para o Palmeiras não passar mais pelo que passou. Não vou elencar erro a erro, mas a avaliação inteira foi feita. As mudanças já começaram e terão várias outras”, anunciou.
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