Dorival lamenta palavra não cumprida de Nobre e aponta grupo 'problemático'

10/12/2014 16:32

Dorival lamenta palavra não cumprida de Nobre e aponta grupo 'problemático'

Dorival lamenta palavra não cumprida de Nobre e aponta grupo 'problemático'

Dorival Júnior procurou manter alguma cordialidade com o presidente Paulo Nobre, mas voltou a mostrar sua chateação com sua demissão do Palmeiras, oficializada na última segunda-feira. Apontando dificuldades que “as pessoas não imaginam” em seu trabalho, ele disse que só assumiu a direção da equipe, em setembro, com a garantia de que permaneceria em 2015.



“O único pedido que fiz foi que, se estivessem pensando em uma situação imediata, só para os jogos finais, eu agradeceria, mas não seria a pessoa indicada. Foi garantido que não. Eu sabia que teria dificuldade, tinha visto a maioria dos jogos no Paulista, no Brasileiro. Foi o único pedido que fiz. Fico chateado, sim, porque confiei nas palavras de pessoas que são idôneas e pelas quais tenho muita consideração”, afirmou à ESPN Brasil.



“Nem por isso vou deixar de ser amigo do Paulo. Mas, no acerto contratual, abri mão de muitas coisas para que apenas um pedido fosse respeitado. Não gostaria de uma situação semelhante à que já havia vivido”, afirmou, referindo-se aos trabalhos emergenciais feitos no Vasco e no Fluminense no ano passado. Os dois times caíram em campo, mas a formação das Laranjeiras acabou se salvando na Justiça desportiva.



Desta vez, mesmo com apenas um ponto conquistado nas últimas seis rodadas do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras acabou se salvado do rebaixamento na jornada derradeira. “Querendo ou não, o objetivo foi alcançado. A duras penas? Sim. Com a melhor pontuação ou não, alcançou. Queira ou não, passamos. Poucas pessoas sabem os problemas que tivemos.”



De acordo com Dorival Júnior, o trabalho foi “muito mais difícil do que muitos imaginam”. Ele citou entre os obstáculos a herança de argentinos deixada por Ricardo Gareca e os problemas internos decorrentes do número excessivo de jogadores. O treinador admitiu que o afastamento de Wesley, agora de saída do clube, chegou a ser tratado com a diretoria.



“Com o que encontramos nesses três meses, chegamos no mínimo com a consciência tranquila. Só quem viveu ali sabe o que estou dizendo. Emocionalmente, foi o grupo mais problemático que já tive. Tecnicamente, tivemos muitos problemas, mas eu já conhecia essa situação e tentei enfrentar da melhor maneira. Tive minha parcela de erros reconheço, mas o trabalho talvez tenha sido o mais difícil”, comentou o treinador.



“Os problemas são quase que diários e, com 44 jogadores, são agravados. Mesmo quando você ganha, 11 vão estar com o sorriso dourado. Mas a maioria não vai estar nem com um sorriso amarelo. Vão estar com ar de tristeza, incerteza, insegurança. O futebol é assim. Em um elenco que tem 40 jogadores, 30 vão estar insatisfeitos”, acrescentou.



Dorival, por fim, exaltou o esforço de Valdivia e disse que o chileno tentou a dispensa de sua seleção. A convocação acabou sendo desastrosa, pois o meia voltou machucado e fez muita falta. “É uma dependência? É. Todo grande jogador faz o time ser dependente. Se ele não estivesse, as coisas poderiam estar muito piores”, concluiu, aliviado.







11109 visitas - Fonte: GazetaEsportiva

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