As desavenças tornadas públicas entre o técnico Dorival Junior e os jogadores argentinos trazidos ao Brasil por Ricardo Gareca explicam um pouco o que era o vestiário do Palmeiras neste segundo semestre da temporada, consequentemente, a fragilidade do time no Campeonato Brasileiro em sua reta final. Havia muita gente descontente. O Palmeiras esteve ameaçado de voltar para a segunda divisão até o último minuto da última rodada, em partida contra o Atlético-PR. Ainda viveu o dissabor de ter de esperar por mais dois minutos o resultado do jogo do Vitória com o Santos.
Dorival, que não é mais técnico do Palmeiras, fez duras críticas aos argentinos Allione, Tobio e Mouche, poupando apenas o atacante Cristaldo. Durante sua permanência no clube, Dorival sempre tolerou os argentinos, e somente agora explicou suas razões para não usá-los. O treinador disse que não havia comprometimento dos jogadores. Ainda não se sabe o que a nova diretoria pretende fazer com os atletas, uma vez que todos têm contrato.
Dorival também explicou um pouco do que era o vestiário do Palmeiras a cada treinamento na Academia, a cada vez que ele tinha de decidir pelos relacionados para os jogos. "Havia 11 que estavam contentes e 30 que não conseguiam jogar", resumiu, dando a entender que o grupo era um barril de pólvora . A crítica tinha endereço certo, o presidente Paulo Nobre e seus parceiros do futebol. O Palmeiras chegou a ter 47 jogadores no elenco. Impossível deixar todos contentes sem jogar, sem ser relacionados, sem participar das principais atividades do time.
O Palmeiras terminou a temporada com 38 jogadores. Há outros oito que devem retornar ao clube após as férias e dez que têm seus contratos para renovar entre este mês e fevereiro.
Portanto, são 56 atletas na folha de pagamento do Palmeiras pelo menos até o começo da temporada 2015.
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