Brunoro queria Luxa, critica contenção de gastos e desconfia de sabotagem

15/12/2014 17:18

Brunoro queria Luxa, critica contenção de gastos e desconfia de sabotagem

 Brunoro queria Luxa, critica contenção de gastos e desconfia de sabotagem

Durante quase dois anos, José Carlos Brunoro se disse limitado pela assessoria de imprensa do Palmeiras para se manifestar. Agora, uma semana após ser dispensado e ver seu cargo de diretor executivo do clube extinto, resolveu expor suas críticas, principalmente, à política econômica do presidente Paulo Nobre. Além de admitir que era melhor ter trazido Vanderlei Luxemburgo em vez de Ricardo Gareca, em maio.



“O Gareca era um cara que agradava a todos no clube, então politicamente a vinda dele seria importante para unir. Não dei opinião sobre ele porque nem o conhecia. Mas sempre gostei do Vanderlei e o queria. Senti, na nossa conversa, que ele estava motivado para vir e que poderia dar certo”, relatou Brunoro ao jornal O Estado de São Paulo, desconfiando de sabotagem ao seu trabalho.



“Criaram uma situação em que, para a torcida, tudo era culpa minha. Chegaram a colocar na internet um cartão de visita meu que tinha telefone pessoal anotado de caneta, ou seja, que eu havia dado para alguém muito próximo. Você começa a desconfiar que as pessoas não queriam que desse certo. Eu devia ter saído, mas durante toda a minha vida, nunca pedi para sair e sempre tive a esperança de que as coisas poderiam melhorar. Eu precisava ter um pouco mais de liberdade”, relatou.



O ex-diretor se queixou especificamente da atuação mais ativa dos vice-presidentes Genaro Marino e Mauricio Galiotte no futebol em 2014 para que Nobre se dedicasse à reeleição. “Ficou muita gente para decidir as coisas”, reclamou, avisando que o elenco inchou porque os técnicos não queriam prejudicar o ambiente no vestiário com afastamentos e os outros dirigentes se recusavam a emprestar atletas de graça, como defendia Brunoro.



O diretor executivo também não foi ouvido quando sugeriu a Nobre reduzir a meta para patrocínio. “Achava que a gente pedia um valor muito alto e não aceitava reduzir aquilo. Eu discordava na demora na hora de acertar um contrato também. Tudo virava novela”, queixou-se, assumindo, enfim, que a ida de Barcos ao Grêmio foi um equívoco.



“Como negócio, foi uma boa, porque nos livramos de uma dívida grande que tinha com ele, poderíamos perdê-lo na Justiça e estávamos sem time para inscrever na Libertadores. De uma vez só, vieram quatro jogadores. Mas, de fato, poderíamos ter feito um sacrifício maior e segurá-lo pelo que ele representava para o torcedor. Era um ídolo. Isso vale para o Alan Kardec também. Foram dois erros”, explicou, incomodado com a contenção de gastos.



“Tem algumas coisas que na visão da diretoria era considerado custo e eu via como investimento. Queriam cortar custos na base e eu achava que tinha que investir mais, pois teríamos retorno. Acho um absurdo o marketing do Palmeiras trabalhar com três pessoas para atingir 16 milhões de torcedores e sem ter investimento. A única preocupação era não gastar. Tudo para eles era gasto”, falou, sugerindo mais equilíbrio a Nobre para seu segundo mandato.



“Ele precisa amadurecer. Conversei bastante com ele. O Paulo passou por muita coisa e, durante toda a vida, teve autonomia para fazer o que quisesse, mas chegou a um modelo político bem complicado. Vários erros aconteceram e ele sabe o que precisa ser feito agora. Só precisa saber ouvir as pessoas certas e ficar em alerta, porque algumas pessoas podem prejudicar o trabalho dele”, alertou.







8745 visitas - Fonte: GazetaEsportiva

Mais notícias do Palmeiras

Notícias de contratações do Palmeiras
Notícias mais lidas

Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!

Enviar Comentário

Para enviar comentários, você precisa estar cadastrado e logado no nosso site. Para se cadastrar, clique Aqui. Para fazer login, clique Aqui ou .

Últimas notícias

publicidade

Brasileiro

Dom - 16:00 - Arena BRB Mané Garrincha -
X
Vasco Da Gama
Palmeiras

Brasileiro

Dom - 16:00 - Allianz Parque
5 X 0
Palmeiras
Criciuma