Foto: Felipe Hazan
Para um treinador que chegou sob desconfiança da torcida e dos corneteiros do clube, Gilson Kleina tem muito a comemorar com a marca de 100 jogos no banco do Palmeiras.
O confronto decisivo contra o Ituano, pela semifinal do Paulistão, cai exatamente no dia em que Kleina completa 46 anos de idade, e ele pretende comemorar o aniversário com a classificação para a final.
Será que Kleina imaginou que completaria essa marca no banco palmeirense ou seria apenas mais um técnico descartável?
- Ser treinador de verão? Três meses? (risos) É muito legal alcançar essa marca de 100 jogos, estou muito feliz dentro do Palmeiras, com o que o clube pôde me proporcionar.
E é claro, um domingo especial com coincidências tão positivas, a gente sabe que o melhor presente é a classificação e ir para a final. Sabemos que vamos encarar um adversário difícil, tem que ter respeito, mas a gente tem que se impor – explica ele.
O técnico explica como fez para criar o clima favorável para seu trabalho dentro do clube.
- É uma soma: uma conversa super transparente com o grupo, tenho uma exigência muito grande na leitura tática, isso exigiu muito da minha comissão e de repente é isso aí que me prevalece um pouco mais – diz Kleina.
Muito lhe agrada também a possibilidade de se encontrar com Pep Guardiola, treinador espanhol do Bayern de Munique, em um compromisso promovido pelo patrocinador do Palmeiras durante a Copa do Mundo, mas que ainda não está confirmado.
- Se acontecer para mim vai ser de grande valia, porque além de adquirir uma informação, vamos também levar nossas informações. Fiquei sabendo que ele gosta muito dos atletas e dos treinamentos brasileiros.
Kleina também faz questão de fazer um afago no seu elenco, mostrando estar ciente que técnico não faz gol e também não entra em campo.
- Hoje um corre pelo outro, tem uma identidade com a camisa do Palmeiras, valores técnicos então... nem se fala, tenho jogadores acima da média – explica ele.
Os elogios são recíprocos de parte do experiente goleiro Fernando Prass, que diz que o time evoluiu muito na parte física e na parte tática. Já o atacante Bruno César ressalta o bom humor de Kleina, que não se furta de contar uma piada.
- Ele é muito tranquilo, engraçado, solta uma piadas para a gente. É o primeiro treinador que eu vejo que não é tão durão. Rio das piadas porque são engraçadas mesmo, não é só porque ele é técnico – explica Bruno César.
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