Leandro Damião é exemplo de jogador fatiado no Brasil (Foto: Ivan Storti/LANCE!Press)
Segundo o jornalista e blogueiro Rodrigo Mattos, do site "Uol", o fim dos jogadores com direitos econômicos fatiados já tem data marcada: o Comitê Executivo da Fifa decidiu antecipar a medida para maio de 2015. A norma prevê que apenas os clubes sejam os donos dos direitos econômicos dos atletas.
Em setembro, a Fifa havia prometido um período de transição de três a quatro anos antes do banimento completo da "terceira parte", criou comissões para debater o assunto e sugeriu novas medidas, como limite de percentual do investidor nos direitos de cada jogador. Mas, nesta sexta-feira, a entidade foi radical e definitiva.
Já os novos compromissos, assinados até o próximo 30 de abril, estarão limitados por até um ano, conforme decido na reunião do Comitê Executivo órgão do futebol internacional.
A nova regra da Fifa afeta diretamente o futebol brasileiro, que segue a lógica do mercado sul-americano, na qual os investidores são proprietários de parte dos direitos econômicos de jogadores, principalmente de jovens que despontam na base.
A medida trará consequências para o mercado do país, já que afastará de vez os investidores, responsáveis por bancar grandes transições. Uma solução poderá ser a assinatura de contratos até o final do ano.
Na contramão da América do Sul, a Uefa foi defensora fervorosa do banimento. Segundo a imprensa inglesa, a entidade europeia foi pressionada por clubes da Premier League, insatisfeitos em dividir os direitos econômicos dos principais jogadores com investidores. Um destes exemplos é o português Jorge Mendes, acusado pela mídia britânica de usar empresas em paraísos fiscais para comprar jogadores como Di María (Manchester United) e Diego Costa (Chelsea).
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