Djalminha e seu filho Djalma | Crédito: Daryan Dornelles
O jovem meia Djalma, 15 anos, pega três ônibus para ir de casa ao treino do Boavista, time de Saquarema, mas que treina suas categorias de base em Curicica, zona oeste do Rio de Janeiro. Na volta, mais três ônibus. O detalhe é que Djalma mora no Jardim Botânico, bairro de classe média alta na zona sul, e é o representante da terceira geração de uma dinastia de craques que começou com seu avô, o zagueiro do Palmeiras Djalma Dias, e continuou com seu pai, Djalminha, ex-meia do Flamengo, ambos com passagens pela seleção.
O pai, Djalma Dias (centro), também brilhou no Palmeiras | Crédito: Arquivo Placar
Ter pai e avô famosos não muda nada na vida de Djalma quando o assunto é transporte. Uma questão de formação de caráter, segundo Djalminha. “Quer ser jogador? Pois isso faz parte da rotina de todo jogador jovem. Todo menino vai para o treino de ônibus, ele também vai”, diz o ex-jogador, lembrando que ele também ia para os treinos no Flamengo de ônibus quando era garoto.
Djalminha brilhou com a camisa do Palmeiras | Crédito: Alexandre Battibugli
O menino chegou a passar pelas categorias de base do Flamengo, mas acabou dispensado. Poderia ter desistido do sonho, mas preferiu tentar um clube pequeno, onde pudesse crescer passo a passo. O pai apoia, cobra e acompanha de perto. “Vejo vídeos do meu pai, ele era muito bom. Tinha mais habilidade que eu. Eu tenho mais força. Do meu avô, nunca vi nada. Mas as pessoas me contam que ele era um zagueiro sério, compenetrado, com postura”, diz Djalma, observado por Djalminha, que se lembra de quando tinha a idade do filho e era acompanhado pelo primeiro dos Djalmas em treinos, jogos e em entrevistas como esta.
Em 1987, Djalminha já fazia a cena atual, com seu pai, Djalma Dias, na base do Flamengo | Crédito: Rodolpho Machado
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