Herói da Dona Preta, Leandro sonha duplicar gols ao lado de Zé e Valdivia

24/12/2014 08:25

Herói da Dona Preta, Leandro sonha duplicar gols ao lado de Zé e Valdivia

Mãe do atacante soube primeiro que ele do acerto com o Palmeiras e caiu no choro. Depois de quase fechar com Corinthians, atacante descarta clima ruim no clássico

Herói da Dona Preta, Leandro sonha duplicar gols ao lado de Zé e Valdivia

Leandro Palmeiras (Foto: Fabio Menotti/Ag. Palmeiras)



Dona Preta quase teve passou mal com um telefonema que recebeu na semana passada. Lágrimas e sorrisos se misturaram em um único sentimento.



Do outro lado da linha vinha a notícia que ela esperou pela vida toda: o filho, enfim, estava contratado para jogar por um grande clube do futebol brasileiro.



O filho da Dona Preta (como Aparecida é mais conhecida) é Leandro, destaque da Chapecoense no último Campeonato Brasileiro. O clube, o Palmeiras. Nove anos depois de sair de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, para tentar ser profissional, o atacante de 1,89m realiza o sonho dele e da família.



– Desde pequeno minha vida é futebol. Nunca pensei em fazer mais nada. Não sonhava ser médico ou ter qualquer outra profissão. Meu negócio era futebol. Eu falava para os meus pais que um dia jogaria em um grande clube. Vai ser um momento único – contou.



Se a expectativa em casa é grande pelo sucesso do atacante, no Palmeiras não é diferente. O Verdão não economizou para contratá-lo. Mais que isso, para tirá-lo do maior rival. O jogador estava muito próximo de acertar com o Corinthians, mas uma proposta alviverde de R$ 5 milhões por 50% dos direitos mudou o destino.



Leandro faz parte do processo de reformulação do elenco alviverde norteado por um princípio básico: trocar quantidade por qualidade. Mudança que inclui a chegada do veterano Zé Roberto para dividir com Valdivia a responsabilidade de liderar o time, e que anima ainda mais o novo atacante palmeirense. Foram dez gols no Brasileirão pela Chape. Em 2015...



– Eu espero fazer o dobro de gols com eles no time – sonha Leandro.





Confira a entrevista exclusiva de Leandro:



GloboEsporte.com: o Palmeiras será o primeiro grande clube da sua carreira. Como imagina que vai ser a chegada a uma equipe desse tamanho?

Leandro: Eu estou muito ansioso para que chegue logo o dia 7 (de janeiro, data da reapresentação). Desde pequeno minha vida é futebol. Nunca pensei em fazer mais nada. Não sonhava ser médico ou ter qualquer outra profissão. Meu negócio era futebol. Eu falava para os meus pais que um dia jogaria em um grande clube. Vai ser um momento único.



Você se destacou em um time que lutou o tempo todo contra o rebaixamento no Brasileirão. Como essa experiência em clubes menores pode ser importante?

Eu saí de casa com 14 anos para fazer testes. Estou com 23 e rodei bastante, ganhei uma bagagem muito grande para poder me adaptar a um grande clube. Não foi fácil. Meus empresários me ajudaram muito e sempre confiaram em mim nos momentos de maior dificuldade. Isso também foi fundamental para chegar até aqui.



Como foi a reação da família e dos amigos?

Minha família está muito feliz. Quando meu empresário ligou para falar do acerto na semana passada, ele deu a notícia para minha mãe. Eu não estava. Só depois fiquei sabendo. Cheguei em casa, e ela estava chorando de alegria. Meu pai, que mora em Araçatuba (interior de São Paulo), também me ligou para dar parabéns.



O Palmeiras vem passando por momentos turbulentos dentro de campo e de muita cobrança da torcida. Você fez um bom Brasileiro, mas ainda enfrentará essa pressão vinda dos torcedores...



Eu me sinto preparado. Pressão existe em qualquer lugar, em alguns lugares mais, em outros menos. Desde pequeno eu me preparo para chegar a esse nível de jogar em um grande clube. Quero fazer meu trabalho. Claro que vai haver cobrança, mas estou preocupado em chegar e fazer as coisas certas.



Você esteve muito perto de acertar com o Corinthians, mas o Palmeiras entrou na disputa e comprou seus direitos. Acredita que possa haver um clima ruim no clássico?

Deixo essa rivalidade para os clubes. É óbvio que agora preciso provar porque escolhi o Palmeiras e não o Corinthians. Gostei muito do projeto que o clube me ofereceu, um contrato maior e a expectativa de fazer parte de um grande time. Da minha parte, não vai haver rivalidade.



O Palmeiras vem investindo na reformulação do time para apagar a má temporada que fez em 2014. Você terá Zé Roberto e Valdivia como armadores. Vai ficar mais fácil se adaptar?

Eu espero fazer o dobro de gols com eles. Não tenho o que falar dos dois. Fiz exames com o Zé Roberto e vi que é um cara sensacional. O Valdivia só conheço de jogar contra, mas também é um jogador fantástico. Quero aprender muito com eles, preciso pegar essa experiência.



Qual atacante você se inspira para jogar?

Gosto muito do estilo de jogo do Benzema (Real Madrid e seleção da França), acho que se assemelha ao meu. Ele não é um atacante de ficar parado. Toda hora ele está caindo para os lados. O Ronaldo também é uma referência para todo mundo, um dos maiores da história. Eu gostava também do Edmundo, pela velocidade, habilidade e até as confusões que arrumava (risos).





É possível que sua contratação seja para substituir o Henrique, que ainda não acertou a permanência no clube. Vocês jogaram juntos na Portuguesa no primeiro semestre. Como é essa relação?

O Henrique é um amigo dentro e fora de campo. Torço pela permanência dele. Se ele ficar, vai ser mais uma peça que nos ajudará muito. Jogamos juntos na Portuguesa, não vai ter problema nenhum. Não tenho preferência por jogar de centroavante ou pelos lados. Vou aceitar qualquer decisão do treinador.



O que espera do trabalho com o Oswaldo de Oliveira?

Só ouvi coisas boas do Oswaldo, um treinador coerente, justo e muito inteligente. Espero aprender muito no dia a dia. Vai ser uma conquista diária.



Muita gente brinca que seu apelido é Banana. Como surgiu essa história?

Um vizinho em Três Lagoas tinha o apelido de Banana. Ele me levou para jogar nas escolinhas e lá me chamavam de Bananinha por causa dele. Depois, fui jogar no Paulistinha, de São Carlos, com um menino da minha cidade que também me chamava assim. Na verdade, eu nunca usei esse nome para jogar. Era só uma brincadeira de infância. Prefiro só Leandro.



Leandro fez dez gols pela Chapecoense no último Campeonato Brasileiro (Foto: Alan Pedro / Getty Images)













4857 visitas - Fonte: Ge

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