Jogadores do Ituano comemoram classificação para a final do Paulistão (Foto: Marcos Ribolli
Após terminar a fase de classificação do Campeonato Paulista na segunda colocação geral e eliminar o Bragantino nas quartas de final, o Palmeiras foi derrotado pelo Ituano por 1 a 0, no Pacaembu, na semifinal.
Assim, viu o sonho de conquistar o primeiro título no ano de seu centenário acabar. Para o comentarista Maurício Noriega, o Alviverde se junta a Corinthians e São Paulo no quesito vexame no Paulistão.
- É a cara do campeonato. Palmeiras agora se junta a São Paulo e Corinthians no bloco do vexame. O Corinthians não se classificou para as quartas de final.
O São Paulo foi eliminado pelo Penapolense em casa. E o Palmeiras eliminado agora pelo Ituano. Muita gente pode falar que isso mostra a força do interior. Eu penso diferente. É a prova da fragilidade desses três grandes, como eles estão mal - analisou Noriega.
Com 28 pontos na fase de classificação, o Ituano foi o segundo colocado do Grupo B. Nas quartas de final, eliminou o Botafogo, fora de casa, nos pênaltis por 4 a 1. O Galo de Itu chega à final do Paulistão com uma característica predominante: a intensa marcação.
Em 17 jogos na competição, sofreu apenas dez gols, o que transforma a equipe de Doriva na melhor defesa do torneio. Mas, segundo Noriega, nem isso poderia credenciar o time do interior a tirar o Alviverde da competição.
- O Palmeiras pode até pode argumentar algumas coisas porque fez um bom campeonato e a eliminação teve contornos de drama. Perdeu seu goleiro titular no intervalo, machucado. Valdivia não começou jogando.
Perdeu seu artilheiro em uma entrada violenta. Mas, mesmo assim, o Palmeiras tem mais dinheiro, tem mais recurso e tinha a torcida a seu favor - relativizou o comentarista.
Noriega também fez questão de elogiar o técnico Doriva, que conduziu o Ituano à sua segunda final de Paulistão.
Em 2002, o time foi campeão paulista em um torneio que não contou com as presenças dos grandes do estado, que só entraram na disputa mais tarde, no que foi chamado de Superpaulistão. Nesta competição, o Ituano perdeu a decisão para o São Paulo.
- Eu não sou um entusiasta da figura do treinador. Eu respeito o trabalho do treinador, mas acho que quem faz o futebol são os jogadores.
Nesses casos como o do Ituano, é preciso enaltecer o trabalho do treinador. O time tem pouco recurso financeiro, pega jogadores que são a “raspa do tacho” e ele consegue fazer uma equipe competitiva. Fez um jogo dentro da sua proposta, primeiro amarrou o Palmeiras e, depois que o Palmeiras se enervou, soube explorar o contra-ataque para ganhar o jogo.
O Palmeiras agora volta suas atenções para a Copa do Brasil. Na próxima quarta-feira, o time faz o jogo de volta contra o Vilhena, de Rondônia, no Pacaembu. Na primeira partida, vitória do Verdão por 1 a 0.
4281 visitas - Fonte: GE