Técnico do Palmeiras, Abel Ferreira fez um apelo sobre o futuro do futebol brasileiro após a vitória por 2 a 1 sobre o Red Bull Bragantino, pelo Brasileirão. E citou a recente entrevista do meia Willian, ex-Corinthians, ao programa Bola da Vez, disponível pela ESPN no Star+. Durante coletiva, o comandante português foi questionado sobre o atacante Rony, que perdeu gols no primeiro tempo, mas se redimiu na etapa final com assistência do goleiro Weverton. E não se limitou a responder apenas sobre o camisa 10 palestrino, expandindo a discussão. Abel lembrou do forte relato feito por Willian, atualmente no Fulham, que justificou a sua saída do Corinthians antes do previsto depois de retornar ao Brasil e atuar pelo clube que o revelou entre 2021 e 2022. Depois de um início positivo, o meia teve que lidar com algo que vai muito além das críticas pelo seu desempenho dentro de campo. Ele e sua família foram vítimas de ameaças nas redes sociais. E com isso, revelou ter se sentido "um prisioneiro dentro de sua própria casa".
"Quero que vocês tenham a certeza absoluta de uma coisa. Eles trabalham muito. O maior talento que essa equipe tem é o treino, o trabalho. É o maior talento que nossa equipe tem. Ele (Rony) falhou uma no primeiro tempo e se cobra muito, outros também", começou por dizer Abel, que em seguida citou a entrevista de Willian à ESPN. "Vocês viram o que o Willian falou no Bola da Vez? Peço com carinho a todos vocês jornalistas que possam comentar com muita atenção e cuidado tudo aquilo que ele disse sobre o futebol brasileiro. É muito triste ouvir um jogador dizer que nunca tinha sido lesionado, mas que com a pressão feita, das redes sociais, da mídia... As pessoas têm que se convencer que há mais perdedores do que vencedores no futebol. Só um pode ganhar. Mas isso interfere na vida dos jogadores, que se cobram de tanta maneira e parece que não sai nada", prosseguiu. "Willian veio, esteve aqui um ano e falou 'isso não é para mim'. É demasiado violento e agressivo para todos nós, treinadores, jogadores, presidentes. E aqui todos querem ser campeões: o Vasco, o Bragantino, o Cruzeiro, o Palmeiras, o Santos, o Corinthians, o Atlético-MG. Mas só um vai ganhar. Os jogadores ganham muito? Certo, mas por isso que trabalhamos muito. Eles só têm que entregar tudo que tem. Ouçam com atenção o que o Willian falou. Jogador de seleção, de Europa, que chegou aqui e falou 'adeus, não é para mim'. É isso que queremos para o nosso futebol? Semear o ódio, a violência, ou que ele seja um espetáculo? Sonho um dia que seja mais espetáculo do que um ringue, onde um morre e outro sobrevive. Não é assim que vejo futebol. Eles não são meus inimigos, são meus adversários", concluiu.
Contra o Bragantino, Raphael Veiga abriu o placar para o Palmeiras ainda no primeiro tempo. No início da etapa final, Matheus Fernandes empatou para o Massa Bruta, até que Rony estufou as redes e garantiu a vitória por 2 a 1, a quarta seguida do Alviverde no Brasileirão. Próximos jogos do Palmeiras: Juventude (C) - 23/06, 18h30 (de Brasília) - Brasileirão Fortaleza (F) - 26/06, 21h30 (de Brasília) - Brasileirão Corinthians (C) - 01/07, 20h (de Brasília) - Brasileirão
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