Foto: Gazeta Press
Gilson Kleina iniciou o domingo com o planejamento de fazer três celebrações ao fim da noite - festa pelo aniversário de 46 anos comemorado em 30 de março, pelos 100 jogos à frente do Palmeiras e por uma possível classificação à final do Campeonato Paulista 2014.
Com a derrota por 1 a 0 na semifinal para o Ituano, terminou o dia sem nenhuma comemoração e deixou o Pacaembu pressionado.
A eliminação no Paulista não foi novidade para o técnico no Palmeiras. Antes da nova decepção no último domingo, Kleina já tinha sofrido queda em mata-matas na Copa Libertadores de 2013, para o Tijuana-MEX, e na Copa do Brasil do mesmo ano, para o Atlético-PR.
O técnico soma, ainda, o rebaixamento à Série B em 2012, quando não conseguiu evitar o descenso após assumir na reta final do Brasileiro.
Bancado pelo presidente Paulo Nobre e pelo diretor-executivo José Carlos Brunoro após a eliminação deste domingo, o técnico goza, na terceira eliminação, de certo prestígio que não tinha nas anteriores - muito por conta da excelente campanha na primeira fase do Paulista. Contudo, admite que há pressão por melhores resultados.
"A pressão sempre existe. A gente já queria no Paulista dar um grande presente no centenário, que era ser campeão. A eliminação deixou a gente muito triste, o sentimento maior é o semblante que estamos levando pra casa, isso o torcedor vai ver como a gente queria o título", comentou o treinador.
Em 2013, Gilson Kleina correu sério risco de não permanecer na equipe para a próxima temporada. Enquanto comemorava acesso e título da Série B, o técnico observava a diretoria procurar outros nomes para comandar o clube no centenário.
A renovação saiu a muito custo e após o Palmeiras ouvir "não" de técnicos - Marcelo Bielsa foi o único admitido pela diretoria.
Na noite do último domingo, o único sorriso esboçado por Kleina durante entrevista foi ao comentar sobre como comemoraria o aniversário com o revés na consciência.
A expressão, contudo, foi irônica: o comandante deixou claro que não haveria o que celebrar e que a reflexão marcaria o pós-jogo.
"Não tem comemoração. O que eu mais queria era ir para casa comemorar. Agora vou chegar em casa, ficar quietinho e rever os erros que amanhã tem que recomeçar. Quarta já tem o Vilhena aqui no Pacaembu", disse o treinando, lembrando o duelo de volta pela primeira fase da Copa do Brasil.
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