O técnico Estevam Soares, que tem passagens por Palmeiras e Botafogo, entre outros times, está entre os investigados pela Polícia Federal na operação que apura a manipulação do resultado de uma partida na Série D do Brasileirão. O jogo investigado ocorreu em 1º de junho, quando o Patrocinense, time que era treinado por Estevam, perdeu por 3 a 0 para a Inter de Limeira.
O ge apurou que Soares está entre os 11 alvos de mandados de busca e apreensão cumpridos nesta quarta-feira em Patrocínio e mais cinco cidades. Além dele, jogadores e empresários também são investigados.
Conforme as investigações, um alto volume de apostas para que o Patrocinense sofresse dois ou mais gols no primeiro tempo foi registrado, o que levantou suspeitas. Na partida, o CAP sofreu três gols na primeira etapa - um deles, contra.
Estevam Soares tem 68 anos e foi contratado pelo Patrocinense em abril, depois que o clube fechou uma parceria com a empresa Air Golden para a gestão do futebol profissional. Um dia depois da derrota para a Inter de Limeira, a parceria com a empresa foi encerrada, e o treinador demitido.
Pelo clube mineiro, o técnico disputou seis jogos pela Série D, sendo dois empates e quatro derrotas. O time é o lanterna do Grupo A7, com cinco pontos. O grande momento do treinador ocorreu em 2004, quando levou o Palmeiras ao quarto lugar do Brasileirão e classificou o clube à Libertadores do ano seguinte. Outro grande clube na carreira do técnico foi o Botafogo em 2009.
Operação "Jogo Limpo" Segundo a Polícia Federal, a investigação teve início por meio de ofício da CBF, que encaminhou à PF um relatório da Sportradar, empresa especializada na detecção de fraudes relacionadas a apostas e identificação de manipulação de resultados esportivo. O documento reportou que os apostadores detinham conhecimento prévio de que determinada equipe viria a perder o primeiro tempo da partida por ao menos dois gols.
De acordo com a empresa, 99% da tentativa da rotatividade no mercado de “totais de gols do primeiro tempo” nesta partida foi para tal resultado. Durante a partida, disputada no dia 1º de junho, o Patrocinense sofreu três gols ainda no primeiro tempo, sendo um deles, contra.
Nesta quarta-feira, a PF deflagrou a Operação Jogo Limpo e cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do Estado de São Paulo, nas cidades de Patrocínio, São José do Rio Preto-SP, São Paulo, Rio de Janeiro, Tanguá-RJ e Nova Friburgo-RJ. Ao ge , o presidente do Patrocinense, Roberto Avatar, confirmou a investigação na sede do clube e disse que o CAP colabora com a Polícia Federal.
Em nota, o clube ainda negou envolvimento de qualquer membro atual da instituição no caso, seja atleta ou diretor. — Prontamente a nossa instituição atendeu todas as demandas solicitadas pelos agentes da Polícia Federal, no intuito de contribuir com as investigações. O Clube Atlético Patrocinense informa a todos que nenhum integrante da atual diretoria, da comissão técnica atual e nenhum atleta pertencente ao atual elenco do clube possui qualquer envolvimento com o processo citado acima, tendo todos os seus vínculos profissionais preservados com a instituição.
Na época da partida, a gestão do futebol do Patrocinense era realizada pela empresa Air Golden, do empresário Anderson Ibrahim. A parceria entre o clube e a empresa foi desfeita um dia depois do jogo. Ao ge, ele disse que vai analisar os autos do processo antes de se posicionar.
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