Dorival Júnior dividiu a alegria da vitória por 4 a 1 sobre o Paraguai, na noite desta sexta-feira na Copa América, com a tristeza de uma perda familiar. Sobrinho do ex-volante Dudu, um dos maiores ídolos da história, o técnico ficou sabendo no estádio Allegiant Stadium do falencimento do tio de 84 anos, que estava internado após sofrer fissura na bacia e morreu por consequência de uma infecção abdominal. Ao ser questionado sobre o assunto na entrevista coletiva após a partida, o treinador se emocionou.
- Dudu para mim foi uma referência, não só como atleta profissional, como treinador logo depois, mas acima de tudo e principalmente como ser humano. Sempre foi uma pessoa que se preocupou com todos a sua volta e muito pouco com ele próprio. Sempre foi uma referência na minha vida, um exemplo para mim. Sempre procurei seguir os passos orientados e muito por ele. Um cara que vestiu três camisas na vida: Ferroviária, Palmeiras e Seleção - respondeu o técnico, completando: - Para mim representa muito porque, além da bela história que teve, foi um ser humano que talvez não tenha conhecido igual. Um segundo pai para mim, uma pessoa que praticamente me orientou em todos os momentos da vida, já que segui a mesma profissão que a dele. Tenho certeza que será muito bem recebido pela pessoa que era, muito esperitualizada, fará uma passagem muito tranquila de plano. Na última vez que estive com ele, há uns 20, 30 dias, já percebi que talvez fosse a última.
Olegário Tolói de Oliveira, o Dudu, foi um dos nomes históricos da Academia do Palmeiras nas décadas de 1960 e 1970. Nascido em Araraquara (SP), ele defendeu a Ferroviária no início de carreira. Pelo Verdão, atuou de 1964 até 1976, mas depois também comandou a equipe como treinador. Foram 615 jogos com a camisa palmeirense e 29 gols marcados. Ele conquistou o Torneio Rio-São Paulo de 1965, o Paulistão de 1966, 1972 e 1974 e o Brasileirão de 1967 (Torneio Roberto Gomes Pedrosa), 1967 (Taça Brasil), 1969, 1972 e 1973. Como treinador, conquistou o Paulistão de 1976 com o Verdão. Dudu está eternizado na sede social do Palmeiras com um busto ao lado de outros ídolos do clube como Oberdan Cattani, Ademir da Guia, Junqueira, Waldemar Fiúme e Marcos. O Verdão decretou luto oficial de sete dias.
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