Gilson Kleina reforça o pedido que faz desde o início do ano por um lateral direito e pela permanência de seu artilheiro/Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press
A eliminação na semifinal do Campeonato Paulista em jogo no qual o time sentiu uma série de desfalques por lesões mostrou que o elenco do Palmeiras não é tão forte quanto se imaginava.
O presidente Paulo Nobre garantiu o emprego de Gilson Kleina e aposta no técnico para buscar novos nomes pensando no Brasileiro. A cobrança é, por ao menos, um lateral direito e a permanência de Alan Kardec para o Brasileiro, que começa para o clube no dia 20, diante do Criciúma.
“Sempre conversamos e fizemos mapeamento de opções. Temos que trazer um jogador para a lateral direita, ver a situação da lesão do Alan”, cobrou Gilson Kleina logo depois da derrota para o Ituano, na qual Fernando Prass e Kardec foram substituídos com dores, Valdivia ficou no banco porque estava com o tornozelo direito inchado e Wendel não foi relacionado por lesão na coxa direita.
Em relação à lateral, o pedido do treinador é antigo. A diretoria pouco se mexeu após o insucesso na contratação de Moreira, do Libertad, e o técnico sempre se mostrou preocupado pela falta de opções além de Wendel.
Bruno Oliveira, que seria seu reserva, já teve dois problemas físicos no ano, e Wendel foi desfalque exatamente no jogo que tirou o Verdão do Paulista – o zagueiro Tiago Alves atuou na posição.
Em relação a Alan Kardec, a diretoria busca alternativas financeiras para oferecer 4 milhões de euros (cerca de R$ 12,5 milhões) ao Benfica e contratá-lo em definitivo.
O empréstimo do clube português acaba em 30 de junho e as dores na coxa esquerda que tiraram o centroavante na semifinal mostraram as dificuldades que o time sente sem ele.
Kleina, contudo, pede reforços com calma, ciente da política financeira que dificultou até a sua renovação, no fim do ano passado. “A derrota para o Ituano aconteceu porque não fomos competentes, mas é claro que precisamos contratar.
Vamos entender o perfil que vai trazer. Todos sabem a situação financeira que o presidente está sanando”, disse o técnico.
Sereno, Nobre prometeu ouvir o técnico e não deu nenhuma pista dos planos para os próximos torneios no centenário. “O trabalho segue normal. Temos reuniões periódicas para avaliar o trabalho feito pela comissão técnica e grupo de jogadores.
Ao final da competição, é feita uma reunião para saber se são necessárias contratações. A parte técnica é com a comissão técnica e é um ponto de avaliação que abordaremos.”
O presidente, porém, deixou claro que busca reforços.
“O Brasileirão é muito mais longo do que o Paulista. Até algumas pessoas perguntaram se o elenco estava inchado para o Paulista, e se provou que não. É necessário um elenco que possa suprir os percalços que tivemos no caminho.
Para o Brasileiro, vai ser feita uma análise de todos os setores para saber quais contratações podem vir”, assegurou.
Na tentativa de tranquilizar o ambiente, José Carlos Brunoro preferiu enaltecer o trabalho feito no Paulista. “Temos que estar tranquilos, analisar com calma, cabeça no lugar.
O time era elogiado, tinha uma das melhores campanhas. Não é uma derrota em uma campanha extraordinária que pode afetar algo e mudar tudo o que foi construído.
Vamos fazer uma análise do todo, se erramos em algo, e seguir o barco para buscar outra competição”, indicou o diretor executivo.
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