Por Victória Romanelli O Palmeiras reencontrou o caminho da vitória nesta segunda-feira, ao vencer o Corinthians, por 2 a 0, no Allianz Parque, em duelo da 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Fabinho e Vitor Reis foram os autores dos gols palmeirenses do clássico. Antes da bola rolar, o Palmeiras sabia que teria que encontrar algumas soluções para montar o time titular. Sem Gustavo Gómez, que está na Copa América, e Murilo, com entorse no tornozelo esquerdo, Abel Ferreira apostou em Vitor Reis e Naves, dupla inédita de zaga e 100% formada por Crias da Academia. E deu certo. "O Palmeiras já tem base há muitos anos. O problema é que é preciso coragem para apostar na base. O trabalho feito na base é muito bom. É preciso subi-los aqui para a principal e apostar neles. Nos obrigam a ganhar, e quando não ganhamos, é professor pardal. Como se nossos adversários não tivessem méritos, como se fossemos os únicos responsáveis. Desde que chegamos temos um princípio e temos um elemento na comissão responsável por tudo na base, que é o Vitor Castanheira. Ele acompanha de forma direta e específica. Vocês sabem que esses jogadores treinam conosco de forma regular. Há um trabalho que é feito na base e outro na equipe principal", analisou Abel Ferreira. Ao apito inicial, o Palmeiras ensaiou uma pressão sobre o Corinthians e, como mandante, logo quis impor seu jogo. Raphael Veiga tentou, de fora da área e viu Donelli defender. Depois o Verdão teve mais algumas chegadas com Zé Rafael, Gabriel Menino e Estêvão. Sem conseguir resolver o jogo, o Palmeiras viu o Corinthians, de certa forma, equilibrar e amornar a partida. Weverton fez uma única defesa e chute cruzado de Wesley. Flaco, no fim da primeira etapa teve outra chance. E antes do primeiro tempo acabar, Abel Ferreira foi forçado a fazer uma modificação. O volante Zé Rafael sentiu a coxa e precisou ser substituído, dando lugar para Jhon Jhon. Com desfalques, seja por suspensão, lesão ou Copa América, o Verdão vem tendo que lidar com a sequência de jogos um elenco curto e tenta criar variações dentro dele. Para a volta do segundo tempo, mesmo time que terminou a etapa final. E, dessa vez, o Palmeiras soube ser efetivo. Na primeira grande oportunidade, o Verdão abriu o placar. Voltando a se destacar na bola parada, Veiga cobrou falta direto, Fabinho desviou de cabeça, rasteiro, e os mandantes saíram em vantagem, aos sete minutos. Com o clima favorável, o Alviverde ampliou aos 11. Veiga cobrou escanteio na medida, e Vitor Reis cabeceou para fazer o segundo. Faltou cabeça fria para Raphael Veiga, que foi expulso aos 18 minutos do segundo tempo. O meia se desentendeu com Rodrigo Garro e chegou empurrando o argentino, que estava apontando o dedo para Estêvão após lance de drible para cima de Léo Mana. Daronco deu o vermelho direto. Lance que cabe discussão. Mesmo com um a menos, o Palmeiras sabia que o rival não podia apostar tudo e se abrir, e soube controlar o jogo e se defender bem. Desfalcado, o Verdão ainda criou duas chances, uma com Estêvão, e outra com Vanderlan, que cruzou para Flaco, que não conseguiu concluir. Em termos de escalação e mudanças, Abel fez o que pôde e o que deu. Com poucas opções no banco - uma a menos ainda devido ao corte de Murilo de última hora -, o Palmeiras conseguiu se ajudar às necessidades e terminou o jogo com seis Crias da Academia em campo: Vitor Reis, Naves, Garcia, Jhon Jhon e Vanderlan, sendo que alguns deles precisaram atuar improvisados. A postura do Palmeiras foi a de quem entrou em campo para vencer o clássico. E em duas bolas paradas, definiu tudo. Com a confiança recuperada, o Verdão agora enfrenta o Grêmio, na quinta-feira, às 19 horas (de Brasília). A bola rola às 19 horas (de Brasília), no Estádio Centenário, em Caxias do Sul (RS).