"Acho que fizemos um grande jogo, entramos fortes, empurramos nosso adversário para trás. Criamos oportunidades, fizemos um gol fora de jogo, continuamos a criar. Acho que ficou bem evidente a produção ofensiva. Não posso deixar de dizer que, como foi contra o Fortaleza, que a primeira chance foi do Palmeiras, hoje a oportunidade flagrante foi do Bahia, mesmo criando oportunidades. Não por acaso, está fazendo o campeonato que vem fazendo. Convido a ver a quantidade de reforços que fez, o projeto que tem, seguramente é uma equipe que vai querer andar no G4.

O treinador Rogério Ceni já falou que é um objetivo, jogam muito bem, equipe muito bem treinada. Acho que era injusto sairmos perdendo na primeira parte. Na segunda parte, entramos fortes para procurar o segundo gol. Depois, acabamos conseguindo, mas o Bahia também teve oportunidade e temos que corrigir", disse.

"É um confronto, 11 contra 11, mas o Bahia teve oportunidades para reduzir. O Weverton fez excelente jogo. Pedimos que esteja mais adiantado, como um terceiro zagueiro, porque o adversário nos ataca muito as costas e tem que estar atento aos movimentos. Isso aconteceu em um ou dois lances. No final, acho que a vitória nos assenta bem, mas reforçar a valia dos jogadores do Bahia, que não é por acaso que nosso adversário estava com os mesmos pontos do Palmeiras", seguiu.

O atacante Rony voltou a balançar as redes depois de três jogos. A última vez que ele tinha marcado foi também no Allianz Parque, na vitória sobre o Red Bull Bragantino. Peça de confiança de Abel, Rony é um dos jogadores com maior sequência no time. Contudo, o camisa 10 é alvo de críticas de torcedores nas redes sociais, principalmente, quando perde chances claras ou apresenta desempenho abaixo. Abel defendeu o atleta.

"Não perdoo nenhum jogador que não entrega tudo o que tem. Vocês viram o López como evoluiu. Se o Rony fosse nota 10 estaria no Barcelona, no Real Madrid, ou no Chelsea. Ele tem uma característica que nenhum jogador do Palmeiras tem. Corre para a frente, estica a equipe adversária para trás. Tem que haver movimentos para frente, ataques em profundidade. Não tem como, nosso jogo tem que ter movimento de ruptura. Atacar para frente. Correr com ou sem bola. Isso ele nos dá. Temos três jogadores. Gosto desses centroavantes que façam movimento de apoio, mas que atacam a profundidade. Não vou pedir ao Rony que faça o que faz o Estêvão. São diferentes, não dá para comparar. O Rony tem algumas características, uns gostam, outros não. Eu gosto", declarou Abel.

"Estou aqui há quatro anos. Em todos os clubes há sempre um 'cristo'. Era o Breno, o Caio, agora o Rony. São nossos jogadores. Os torcedores se escondem em um telemóvel, estão no direito. Os torcedores têm uma função máximo que é se puder vir aqui e apoiar até o fim. Eu agradeço. Os que não quiserem, está certo, na mesma. Sou o primeiro a cobrar, tem que ser mais atento, não pode ficar fora do jogo. Fico p*** com ele, tem que estar mais atento. Tentamos ajudá-lo da melhor forma", seguiu.

Com 30 pontos, o Palmeiras fica na segunda posição, colado no líder Flamengo, que tem 31 e empatou com o Cuiabá nesta rodada. O time de Abel Ferreira volta a campo na próxima quinta-feira para enfrentar o Atlético-GO, às 19h30 (de Brasília), no Allianz Parque.