Abel Ferreira se desculpa com indígenas por declaração xenofóbica em entrevista

13/7/2024 13:50

Abel Ferreira se desculpa com indígenas por declaração xenofóbica em entrevista

Abel Ferreira se desculpa com indígenas por declaração xenofóbica em entrevista

Abel Ferreira publicou um pedido de desculpas nas redes sociais, após usar uma expressão xenofóbica em entrevista coletiva. O técnico reconheceu que errou ao dizer o termo "time de índios" durante sua análise da vitória do Palmeiras por 3 a 1 sobre o Atlético-GO. – Repudio toda e qualquer forma de preconceito e discriminação. Infelizmente, há expressões que continuamos a perpetuar sem que nos debrucemos sobre o seu conteúdo. Errei ao usar uma dessas expressões na coletiva de imprensa. Reconheço que palavras têm poder e impacto, independentemente da intenção. Devemos todos questionar, pensar e melhorar todos os dias. Peço desculpa a todos e, em especial, às comunidades indígenas – diz o texto assinado pelo técnico.



A declaração ocorreu durante entrevista coletiva no Allianz Parque, quando ao falar sobre os encaixes do time, o técnico citou indígenas como referência a desorganização. – Aníbal tem uma dinâmica muito boa e por isso queríamos muito esse jogador. A direção não conseguiu trazer quando precisávamos, porque não dava. Foi quando nós conseguimos e ainda bem em boa hora que nós o trouxemos. Eu diria que ele é o equilíbrio, o pêndulo da nossa equipe. Dá confiança para aqueles quatro, cinco, seis chegaram à área, e ele com o Vitor (Reis) hoje e o Gómez, e o Rocha ou Mayke, puderem equilibrar a equipe a dar liberdade aos da frente para atacar – comentou. – Porque isso não é uma equipe de índios. Há uma organização e dentro dessa organização há liberdade para eles criarem, para se ligarem e há princípios de jogo que nós temos, um deles é o equilíbrio, e o Aníbal é um desses pêndulos, esse motorzinho, que não só tem como tarefa ser a primeira cobertura, como também ligar jogo e pôr a equipe a jogar – acrescentou.



Já após o jogo, o técnico havia se posicionado via assessoria de imprensa do clube, alegando que, "em momento algum teve a intenção de ofender alguém" e que "utilizou uma expressão comum no futebol". – Vivo e trabalho no Brasil desde 2020 e tenho profundo respeito por todos os brasileiros. As pessoas já conhecem o meu caráter, as minhas condutas e as minhas ações sociais. Sabem também que eu repudio por completo toda forma de preconceito – disse o treinador em nota. A Lei Federal 7.716/89, conhecida como Lei do Racismo e que inclui a xenofobia, prevê que "serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional".



Recentemente, o técnico foi alvo de xenofobia contra ele por parte de Carlos Belmonte, diretor de futebol do São Paulo. Em clássico válido pelo Paulistão, houve confusão após a partida no túnel dos vestiários. E o dirigente tricolor se referiu ao técnico do Verdão como "português de m...". Antes de duelo pelo Brasileirão, os dois voltaram a se encontrar, e o diretor são-paulino pediu desculpas e abraçou Abel no corredor do Morumbis.







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