Felipe Anderson começou o ano fazendo planos com sua irmã e empresária, Juliana Gommes, sobre o próximo passo de sua carreira. Em fim de contrato com a Lazio, da Itália, ele tinha opções para jogar em diferentes cantos do mundo, e uma volta ao Brasil não estava nos planos. Isto até a ligação de Anderson Barros. O diretor de futebol do Palmeiras contatou Juliana e demonstrou interesse no meia-atacante de 31 anos, que vive o auge de sua carreira.
De maneira silenciosa, o Verdão trabalhou para convencer a agente e o atleta de que desembarcar na Academia de Futebol seria a melhor opção. Ele pode estrear na próxima quarta-feira, às 21h30, diante do Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro. – A gente precisava de um projeto que acolhesse tudo. O que veio do Palmeiras foi extraordinário, muito estruturado, foi ao encontro dos nossos planos. Mudou nossa visão, porque no primeiro momento não era nossa prioridade voltar ao Brasil... até vir algo extraordinário, como apresentou o Palmeiras – contou Juliana, ao ge.
A concorrência não era pequena: a Lazio ofereceu renovação, a Juventus, também na Itália, fez contatos, e havia sondagens de clubes dos Estados Unidos, Arábia Saudita, Catar, Espanha e Turquia. Em nenhum caso, porém, houve a certeza de que aquele seria o lugar ideal para Felipe Anderson. O Palmeiras foi o clube que passou esta imagem para a família.
Barros inicialmente convidou Juliana para ir à Academia de Futebol e conhecer a estrutura do clube. Como ela não conseguiria viajar, o diretor enviou Leonardo Holanda, gerente jurídico e de negócios, à Itália para tratar do caso sem chamar a atenção. Durante o Campeonato Paulista, a primeira reunião em Roma terminou sem acordo.
Em seguida, foi firmado um acordo com o jogador até o fim de 2027. O anúncio do pré-contrato foi feito no dia 15 de abril, chocando o mundo do futebol. A confirmação do acerto com o Verdão veio poucas horas depois da publicação da Lazio, de que Felipe Anderson deixaria o clube após três temporadas.
Abel Ferreira também teve influência, em um papo com seu futuro comandado, por meio do celular de Juliana. – O Abel entrou em contato pelo meu telefone, achei mais profissional passar o telefone ao Felipe e participei da chamada. Vi o tanto que ele queria o Felipe. O foco (da ligação) não era onde ele vai jogar, era falar o quanto acreditava no Felipe, viu a carreira, a história, que acreditava que o Felipe está no auge.
Felipe Anderson está há 11 anos na Europa e vive seu melhor momento, tanto técnico quanto físico. Mesmo com números de destaque no futebol italiano, o meia-atacante não tem sido cotado para a seleção brasileira. Ele agora se prepara para viver uma nova rotina e provar na volta ao seu país que pode estar no grupo de Dorival Júnior.
Ele aguarda a publicação do seu nome no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF para estrear já contra o Botafogo.
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