A proximidade desses jogos, juntamente com uma sequência exaustiva de partidas, coloca em evidência a falta de espaço e o excesso de compromissos na agenda dos clubes. Essa realidade é prejudicial não apenas para os jogadores, que enfrentam um desgaste físico e mental significativo, mas também para a qualidade dos espetáculos em si.

O Flamengo, por exemplo, terá que lidar com sete jogos em um período de 22 dias, incluindo confrontos pelo Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores. O Palmeiras também enfrenta uma sequência igualmente desafiadora, o que evidencia a falta de consideração do calendário em relação à saúde e ao desempenho dos atletas.

Em um contexto onde a pressão por resultados é constante, fica evidente a necessidade de os clubes priorizarem algumas competições em detrimento de outras. A sobrecarga de jogos acaba forçando escolhas difíceis e compromete o desempenho das equipes em todas as frentes em que estão envolvidas.

Essa situação reflete a falta de priorização e organização por parte das entidades responsáveis. O Campeonato Brasileiro, por exemplo, deveria ser tratado com maior nobreza, porém é sabotado por uma série de conflitos de calendário, prejudicando a qualidade e a integridade da competição.

Em um cenário ideal, clubes como Flamengo e Palmeiras deveriam direcionar seus esforços para as competições mais prestigiadas, como o Campeonato Brasileiro e a Libertadores. No entanto, as circunstâncias os forçam a tomar decisões que vão de encontro a uma lógica esportiva mais racional.

Diante desse panorama, é notório que as deformações do calendário brasileiro têm como origem um excesso de compromissos que se torna impossível de cumprir. Em vez de celebrar os grandes clássicos, o que se enxerga no horizonte são grandes dilemas que prejudicam o desenvolvimento saudável do futebol no país.