O empate por 1 a 1 com o Inter neste domingo, no Beira-Rio, em Porto Alegre, pelo Brasileirão, evitou que o Palmeiras alcançasse sua pior sequência sob o comando de Abel Ferreira. O Verdão vinha de três derrotas seguidas, contando também a Copa do Brasil. Para o treinador, o vitorioso elenco do Palmeiras tem dificuldade nesses momentos por não estar acostumado com derrotas. Abel fez questão ainda de dizer que não há nenhum problema entre ele e elenco, mas que nessas turbulências é que se consegue ver quem realmente está ao seu lado. – Sobre o jogo, sabíamos que vínhamos de um mau momento, quatro ou cinco derrotas seguidas, ninguém aqui dentro está acostumado. Muito menos o treinador e jogadores pelo passado recente. Mas na nossa vida e no futebol não há só alegria, há frustrações. E nelas vemos quem está conosco e quem não está. É no momento das frustrações que a gente vê quem nos apoia incondicionalmente ou só de vez em quando. Mas como sempre fazemos, todos somos um, pelo menos dentro do CT, em todos os momentos.
E eu falei várias vezes com os jogadores neste período difícil, de derrotas - não de perda de títulos - de derrotas. Faz parte. As pessoas que sabem como é o desporto, não conheço só quem ganhe e jogue bem. Nem famílias perfeitas. Por isso comparo futebol e a vida. Chegou nosso momento de sofrer, e sofrer juntos. Para os que não querem entender, que são contra o Palmeiras pelo passado recente e toda sua história.
Já disse mais de uma vez, houve saídas, houve entradas, há um período de adaptação. Há jogadores que infelizmente que baixaram de rendimento, alguns por questões emocionais. Também já disse que este mês fomos fustigados por interesses de clubes estrangeiros, que mexem com eles. São propostas absurdas, mexem com todos. Mas mais do que isso, é a quantidade de lesões que tivemos no período e não tivemos em momentos anteriores. Vivo em todas as três competições que participa no momento (Brasileirão, Copa do Brasil e Conmebol Libertadores), o Palmeiras tem um mês de agosto decisivo em todas elas.
E claro contamos com nossos 15, 16 milhões de torcedores. Por eles jogamos, vamos lutar por títulos ainda este ano. A vida é feita de alegrias e tristezas. Todos no Palmeiras gostam de ganhar, mas nenhum dentro do clube gosta de ganhar mais do que eu. Nem torcedor, nem diretor, nem presidente. Nenhum. Dentro do contexto que expliquei aos que são distraídos, mal-intencionados, oportunistas. Para os que querem ver e têm inveja do que o Palmeiras fez, no passado e passado presente.
Neste momento vemos quem está ao nosso lado, quem quer continuar a pertencer e ajudar este grupo a continuar a ganhar. A força tem que vir de dentro, o todos somos um não pode ser só na vitória. O treinador é o máximo responsável, mas aqui dentro todos temos responsabilidades. Do porteiro que abre a porta a presidente. O treinador tem a máxima informação, tem como função escolher os jogadores para jogar. Esta é minha função, quer gostem ou não gostem. Quem tem a informação toda sou eu, não é nem jornalista, nem torcedor, nem oportunista. Esta é nossa função.
E a nossa presidente nem vale a pena falar, porque é absolutamente extraordinária, porque tem mais coragem do que muitos juntos. E nossa torcida, os 16 milhões que temos, que na quarta nos ajudem do primeiro ao último segundo, estar na próxima fase. É o que o Palmeiras vai fazer. O Palmeiras volta a campo na quarta-feira, às 20h, para encarar o Flamengo no jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, no Allianz Parque. Como perdeu por 2 a 0 na ida, no Rio de Janeiro, o Verdão precisa de dois gols de diferença para levar a decisão aos pênaltis, ou três para avançar direto às quartas de final.
Pelo Campeonato Brasileiro, o próximo adversário também é o Flamengo, só que no domingo, dia 11, às 16h, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.
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Dudu – Sabemos que o Dudu não está em forma e sabemos o porquê. Ele precisa de ritmo, precisa jogar, jogos fora, de pegada mais difícil. Vem de uma lesão gravíssima, temos o Estêvão, que vocês sabem também, vinha em uma performance extraordinária, ficou lesionado, voltou a se lesionar. Temos outro caso, o Murilo, que hoje teve que sair. Lesionou, recuperou, voltou a jogar hoje e tivemos que tirar. Além do Piquerez, que não joga mais este ano.
Rebeca Andrade x Simone Biles – Parabéns a Rebeca que ganhou contra uma menina absolutamente extraordinária, que teve problemas emocionais com as críticas. Alguns acham que o jogador e o treinador não querem ter resultado ou não se esforçam e não dão o melhor. Isto é um exemplo como um atleta de excelência, as questões emocionais podem acontecer a qualquer um de nós. E nos momentos de dificuldade, vemos os rostos de quem está conosco e quem só está às vezes. E o que esta menina... parou por um ano, um ano e meio. Porque não aguentava a pressão psicológica. E aqui no Brasil isto é um absurdo.
Aqui criam-se notícias, dizem que as lideranças isto e aquilo. Só para gerar notícia. Isto é falso, ruim, um jornalismo raso, baixo. Parece que cheguei aqui há quatro dias. Estou no futebol brasileiro há quatro anos, não há quatro dias. Não preciso que falem bem de mim, só quero que me respeitem. O que fazem os jogadores e direção comigo é o que exijo dos outros. Respeito, porque se não me respeitar, não vou respeitar quem não me respeita.
E eu falei várias vezes com os jogadores neste período difícil, de derrotas - não de perda de títulos - de derrotas. Faz parte. As pessoas que sabem como é o desporto, não conheço só quem ganhe e jogue bem. Nem famílias perfeitas. Por isso comparo futebol e a vida.
Abel finaliza destacando que o futebol é feito de alegrias e tristezas, e que está determinado a continuar lutando por títulos com o apoio da torcida e do elenco do Palmeiras.
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