Palmeiras e WTorre avançaram nas conversas por um acordo para resolver as divergências no contrato de gestão do Allianz Parque. O documento ainda não está assinado, mas as tratativas estão encaminhadas, a depender ainda de ajustes contratuais para oficializá-lo. Tanto o clube quanto a construtora não confirmam o acerto, mas nos bastidores há o entendimento de que a negociação caminha para, enfim, um final feliz.
A meta é que os parceiros encerrem as disputas judiciais a partir de então e "zerem" os problemas que marcam o relacionamento desde a abertura da arena, há quase dez anos.
O Palmeiras chegou a entrar na Justiça Comum contra a Real Arenas, braço da WTorre responsável por gerir o Allianz Parque, cobrando cerca de R$ 160 milhões e a abertura de uma investigação criminal contra a construtora . Mas a relação passou a melhorar especialmente a partir deste ano, com as diretorias alinhando diálogo.
A liberação do estádio completo no jogo contra o Flamengo, pela Copa do Brasil, na última quarta-feira, é vista como um exemplo. Em outros casos, o setor Norte seria totalmente fechado, mas dessa vez os parceiros conseguiram liberar o local e vender ingressos por 50% do valor em locais com visão parcial. Em vez de perder cerca de 8 mil lugares, o Verdão jogou com casa quase cheia: 38.463 torcedores.
O Palmeiras , que já fez duras críticas públicas à WTorre, não tem se manifestado contra a construtora nos últimos tempos. E a empresa vem dando sinais ao Verdão de que deseja um alinhamento, também.
No processo em que o clube cobra os mais de R$ 160 milhões, a Real Arenas apresentou garantias de que tem como pagar, conforme pedido pela Justiça. Mas para não deixar o número crescer, desde abril voltou a fazer repasses de receitas dos eventos no Allianz Parque. Desde a inauguração do estádio, em novembro de 2014, a WTorre havia feito esse pagamento em apenas sete meses: novembro e dezembro de 2014, e de janeiro a junho de 2015 (exceto maio daquele ano). Dali até o começo de 2024, os valores não foram mais depositados. Foi isto que gerou o processo por parte do Palmeiras .
Quais são os valores discutidos? O balanço financeiro de 2023 do Verdão, apresentado em março, tem uma área que detalha divergências financeiras com a WTorre. Na divisão "outros valores a receber", são lançados R$ 121,5 milhões de direitos com a Real Arenas. Este valor diverge dos R$ 160 milhões, pois no balanço é lançada a soma dos repasses sem os juros e correções previstos, além de outras obrigações que o clube entende não terem sido cumpridas pela WTorre e que não estão no processo que corre na Justiça Comum.
BTG virou parte da relação O banco BTG adquiriu no fim do primeiro semestre dívidas que a WTorre tem com o Banco do Brasil. Entre elas, a referente ao financiamento para a construção do Allianz Parque. A instituição financeira já demonstrou interesse de assumir o controle da arena no lugar da Real Arenas, mas a construtora avisou em nota que está "rigorosamente em dia nos pagamentos de seus financiamentos contratados". Isto dificulta a tentativa de uma entrada do BTG a partir de uma briga judicial. Mas o banco se tornou uma parte na relação justamente neste momento de aproximação entre Palmeiras e construtora. Até o momento, contudo, não há a expectativa de mudança na gestão da arena alviverde.
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Tem que chegar ao um entendimento entre os shows e os jogos, já faleibisso umas 100 vezes, com um estádio desses não podemos jogar fora daí, somos muito forte aí dentro. Conversando tdo se resolve.