Um cenário impensável nos últimos anos está posto no futebol paulista: o único grande do estado que não vive uma crise política é o Palmeiras. Enquanto dirigentes de Corinthians, Santos e São Paulo batem boca (ao vivo ou por meio da imprensa), o Palmeiras vive dias de paz.
Paulo Nobre se reelegeu presidente no fim do ano passado e suas primeiras ações desde então agradaram até as mais frenéticas cornetas alviverdes - que não são poucas.
A dispensa de José Carlos Brunoro até hoje é comemorada, e contratação de Alexandre Mattos como diretor de futebol também. O discurso do ex-cruzeirense - "eu sou mais um, quem manda é o presidente" - agradou a quem não gostava de ver muito poder concentrado em Brunoro.
Entre os rivais, há crises pós e pré-eleitorais. Modesto Roma assumiu o Santos em meio a uma tremenda crise financeira. Teve que fazer (mais) um empréstimo para bancar salários atrasados e já sabe que não poderá contar com receitas de TV para 2015.
O grupo que manda no Corinthians desde 2007 está despedaçado. Andrés Sanchez apoia Roberto de Andrade para presidente. Mas Luis Paulo Rosenberg e Raul Corrêa (diretores importantes nas gestões de Andrés e Mário Gobbi) devem apoiar outros candidatos na eleição de fevereiro.
No Corinthians, quem sempre se defendeu agora se ataca. Adversários políticos históricos agora são vistos de mãos dadas. Quem ganhar a eleição receberá um clube rachado politicamente - e também com graves problemas financeiros.
O São Paulo tenta voltar aos trilhos depois do tiroteio público entre o presidente Carlos Miguel Aidar e seu antecessor, Juvenal Juvêncio. Os dois trocaram todo tipo de acusação em várias arenas - de bate-boca em reunião do Conselho a recados via imprensa.
Sempre marcado por guerras políticas, com lados aparentemente irreconciliáveis, o Palmeiras hoje é a exceção no futebol de São Paulo.
8175 visitas - Fonte: Bastidores F.C/Ge