Vitor Hugo foi apresentado oficialmente no Palmeiras na última sexta-feira
Antes de estrear pelo Palmeiras, Vitor Hugo se destaca pela personalidade extrovertida, a ponto até de fazer graça com um lance que poderia virar trauma. Na Série B do Campeonato Brasileiro de 2010, pelo Santo André, o zagueiro chamou atenção nacionalmente ao marcar um gol contra de bunda em derrota para a Portuguesa. Hoje, aos 23 anos, ri da jogada.
"Nem se eu quisesse faria aquilo de novo", sorriu o jogador, que escorregou e, ao sentar na bola, a fez encobrir seu goleiro no lance. O clube do ABC, que seria rebaixado para a terceira divisão nacional naquela temporada, acabou perdendo por 3 a 2 no Canindé.
"Aquele lance foi atípico. Todos que estão no meio viram que não era o que eu queria fazer, escorreguei e aconteceu. Eu era novo, tinha 19 anos, e não podia ficar com isso na cabeça para não prejudicar meu futuro. Tomei como aprendizado e consegui superar bem, ganhando espaço em outras equipes", lembrou.
Depois do lance, Vitor Hugo atuou por Sport, Ituano e Ceará antes de se destacar pelo América-MG, clube que o levou ao Palmeiras e lhe deu chance de mandar um abraço em rede nacional para Guaraci, cidade do interior paranaense de cerca de 5 mil habitantes na qual o jogador foi criado a partir dos dez anos de idade.
"Amigos e parentes meus que torcem para outro time ficaram chateados, mas todo menino sonhar chegar onde cheguei e adorei. Esse é meu ano para arrebentar e mostrar quem é o Vitor Hugo", falou o novo camisa 31 do Palmeiras, que se define como "zagueiro típico, que chega firme, duro, sem medo de dar chutão para tirar a bola de trás e não correr riscos".
Assim, o jogador que já encobriu seu goleiro com gol contra de bunda chegou a recusar outro clube grande. "Soube do interesse do São Paulo, mas depois que já estava certo com o Palmeiras. Sou um cara de palavra. Podia ser o dobro ou o triplo do que combinei com o Palmeiras, eu viria para cá. Como faria se o São Paulo aparecesse antes. Martelei mesmo para vir", explicou, feliz.
"Uma das palavras que mais dou importância é reconhecimento. Se um menino faz uma coisa boa, e os pais reconhecem com carinho e presente, isso é importante para o crescimento da pessoa. Assim como é para o profissional, que rala todo dia e acaba contratado por um clube grande. A sua autoestima já vai lá em cima. É um privilégio", comemorou.
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