Mais um Duelo Inesquecível entre Botafogo e Palmeiras: Detalhes da Partida Memorável

Escrever um texto para analisar o que foi este Palmeiras e Botafogo pelas oitavas de final da Libertadores não é tarefa simples. A quantidade de reviravoltas ao longo de mais de 100 minutos de futebol na noite desta quarta-feira é proporcional ao talento das duas equipes e às soluções encontradas pelos treinadores. Há muito pouco a se dizer negativamente nos dois lados. O torcedor alvinegro se habituou a ver o Botafogo dominante nos grandes jogos feitos pelo time recentemente. Desta vez, no entanto, outro resultado expressivo foi conquistado de forma diferente. Com sofrimento e ''coração na mão''. Da tranquilidade pelo 2x0 esbanjando precisão, passando pelo trauma recente revisitado nos acréscimos, mas chegando ao encontro do alívio no final. O torcedor palestrino se acostumou a ver o Palmeiras amassar os adversários dentro de casa. Demorou a fazer isso desta vez, mas as 25 finalizações e as seis chances de gol criadas comprovam o comportamento voraz. Teve a certeza também da luta até o final para virar um jogo que parecia definido. E foi por muito pouco... Os pênaltis não vieram por centímetros em dois lances

Escalações Abel Ferreira optou por deixar Murilo e Aníbal Moreno no banco de reservas. Marcos Rocha foi mantido como lateral. Gustavo Gómez e Vitor reis formaram a zaga. Zé Rafael e Richard Rios foram os volantes. Já Artur Jorge repetiu a escalação do jogo de semana passada. O time-base do Botafogo nos principais jogos recentes. O jogo O 1º tempo teve dois momentos bem nítidos e distintos no Allianz Parque. O Botafogo foi melhor até os 15 minutos. Pareceu não sentir em nada a atmosfera do estádio

O Palmeiras, por sua vez, reagiu! Conseguiu um melhor encaixe de marcação depois deste período inicial. Passou a ganhar duelos, subir o bloco defensivo, e encontrou ótimas conexões pelo lado direito. Assim como já havia ocorrido diante do São Paulo no final de semana, Marcos Rocha esteve mais solto ofensivamente. Não ficou apenas na saída de bola, e isso foi importante para o jogo fluir. Se lançou em apoios por dentro no setor direito, revezando com Richard Rios a peça que faria a ultrapassagem entre Cuiabano e Barboza para gerar apoio a Estevão

O trio se entendeu bem no setor e o Glorioso sofreu demais para marcar. O jovem ponta começou a desequilibrar, e só não abriu o placar em duas ocasiões porque Barboza e Bastos foram impecáveis no bloqueio a finalizações. Depois que o jogo palestrino encaixou pela direita o time só cresceu, e encontrou outras formas de dominar o Botafogo. Caio Paulista, agressivo pela esquerda, viveu ótimas associações com Felipe Anderson. Raphel Veiga transitava com desenvoltura por vários setores do campo, fazia a bola andar com velocidade

O alvinegro, mesmo segurando o empate até o intervalo, foi sucumbindo de formas diferentes. Primeiro ao não mostrar-se capaz de brecar as interações do Palmeiras pela esquerda de sua retaguarda. Depois ao perder capacidade de retenção de bola e desafogo da defesa. Foi empurrado para trás. O time que parecia jogar em casa nos primeiros 15 minutos não existia mais. Ainda viu Luiz Henrique, seu jogador mais desequilibrante deste momento, passar metade da etapa inicial às voltas com dores na panturrilha, algo que impediu o ponta de ser competitivo com e sem a bola, e sobrecarregou Mateo Ponte na reta final do 1º tempo. Ele não voltou para a 2ª etapa

No Palmeiras, Lázaro substituiu Felipe Anderson. O intervalo serviu para arrefecer um pouco a pressão palmeirense, que voltou para o 2º tempo novamente superior e quase abriu o placar antes do primeiro minuto com Flaco López, mas perdeu a frequência que tinha no final da etapa inicial. O Botafogo conseguiu respirar um pouco, e esbanjou precisão na segunda boa chance que teve no jogo. Matheus Martins aproveitou uma indecisão entre Vitor Reis e Caio Paulista após cobrança de lateral do Botafogo e serviu Savarino na área