Passada a adrenalina que o maluco 2 a 2 com o Botafogo causou na torcida do Palmeiras, é necessária uma reflexão mais fria do porquê a equipe sofreu duas eliminações precoces em mata-matas num intervalo de duas semanas. E não foi só azar em sorteio. Fora da Copa do Brasil e da Conmebol Libertadores nas oitavas de final, o Verdão teve adversários duríssimos em Flamengo e Botafogo, caiu em pé nos dois jogos, como disse Abel Ferreira, mas não entregou o que se esperava no somatório dos dois confrontos.
Antes de começar a destrinchar os problemas, reforço a análise do setorista Eduardo Rodrigues: não há terra arrasada na Academia de Futebol. A reação nos minutos finais com o Botafogo e o volume na última quarta mostram que há de onde tirar no atual trabalho para tentar o tricampeonato brasileiro. Consequentemente, não há necessidade de mudanças drásticas, mas sim uma reavaliação. Ainda que o Verdão já tenha conquistado o título paulista e esteja no G-4 do Brasileirão, o desempenho ao longo de todo 2024 tem sido irregular.
A começar por Abel Ferreira. Intocável como deve ser o maior campeão da história do clube, o técnico não é o problema. Mas é fato que não conseguiu tirar o máximo até agora daquele que é o melhor elenco desde sua chegada em 2020. O técnico lembrou que problemas físicos foram uma pedra no sapato neste mês de agosto decisivo, especialmente pela lesão de Estêvão. É verdade, mas ao se analisar as escolhas da comissão, há problemas, também.
A equipe tem demonstrado falta de solidez defensiva, alternando momentos de abafa no adversário com espaços em transições defensivas, o que a deixa mais suscetível a erros individuais. Além disso, as substituições muitas vezes não têm ajudado o time a melhorar nos jogos, e alguns jogadores parecem ser subutilizados, como é o caso de Rômulo, que raramente tem sequência.
O elenco é forte e tem boas opções, mas cabe à diretoria analisar se não é o momento de oxigenar mais o ambiente, considerando que o time vem demonstrando sinais de desgaste. O ano não acabou, e o Verdão terá a seu favor o calendário, já que é o único time do G-6 tendo apenas o Brasileirão a disputar. Tempo importante para recuperar o elenco fisicamente e para Abel repensar suas ideias para tentar uma nova arrancada pelo título nacional.
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