Estêvão comemora gol contra o Cuiabá. Foto: RONALDO BARRETO/Estadão Conteúdo Privilegiados são os que assistem a Estêvão jogar. Convocado para a seleção brasileira aos 17 anos, o atacante mostrou a Dorival Júnior que é, mesmo, um jogador especial e que o técnico não se arrependerá de tê-lo chamado. O Palmeiras fez 5 a 0 no Cuiabá e lavou a alma depois da eliminação da Libertadores muito graças ao jovem. Foram dele duas assistências e dois gols no passeio alviverde no Brinco de Ouro, em Campinas - o Allianz Parque foi reservado para o show da banda Natiruts -, no duelo da 24ª rodada do Brasileirão. Um 1 a 0, com gol feio, seria de enorme importância para o Palmeiras elevar sua autoestima. Mas Estêvão quis mais. Ele viveu uma noite inspiradíssima, flutuou em campo e fez o que quis diante dos frágeis marcadores do Cuiabá, um time de muitas debilidades e que tem jornada difícil para escapar do rebaixamento - no momento, é o penúltimo colocado, com 18 pontos.
O palmeirense que foi ao Brinco de Ouro viu de perto o quão diferente dos demais é Estêvão e como é capaz de resolver um jogo quando está na sua melhor forma. Certamente esse torcedor comemorou muito o que fez o jovem em Campinas. Mas lamentou quando lembrou que em menos de um ano ele será mais um ano jovem fenômeno brasileiro a atuar na Europa. O atacante vestirá em julho do ano que vem, depois do Mundial, a camisa do Chelsea, que pagou 61,5 milhões de euros para levá-lo. Neste sábado, o Palmeiras mostrou a virtude que lhe faltou diante do Botafogo na última quarta-feira: eficiência.
Nem foram tantas oportunidades criadas no primeiro tempo. Mas quase todas - a maior parte delas originada pelos pés de Estêvão - foram aproveitadas. Também teve sorte o time de Abel Ferreira, valendo-se da grotesca falha do goleiro Walter para marcar o primeiro dos cinco gols. O zagueiro Murilo foi às redes depois que o goleiro do Cuiabá saiu mal demais do gol.
Maurício, escalado no lugar de Raphael Veiga, foi acionado por Estêvão e derrubado na área. Estêvão pediu a bola e a colocou onde Walter jamais chegaria para fazer o segundo. O terceiro também saiu dos pés da joia palmeirense. Foi uma jogada individual que começou e terminou com ele. Liso, deu um drible muito feito por Neymar em seus melhores tempos e finalizou no canto esquerdo, rasteiro. Nos acréscimos, Maurício marcou o quarto ao completar para as redes cruzamento de Flaco López - foi esse o único gol de que não participou Estêvão.
Liquidada a fatura no primeiro tempo, o Palmeiras apenas fez mais um no segundo e administrou a larga vantagem com muita tranquilidade. Foi de Felipe Anderson o gol que sacramentou a goleada. A finalização no canto, angulada, sem tanta força, foi bonita. Mas o que exigiu elogios e aplausos de pé foi a jogada de Estêvão. Ele recebeu perto do meio de campo, na ponta direita, e só parou dentro da área. Ágil, inteligente e habilidoso, desmoralizou Juan Tavares com seus dribles, deixou o marcador para trás e rolou para Felipe Anderson concluir.
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