Abel Ferreira destaca reação do Palmeiras após eliminações no futebol brasileiro.

1/9/2024 22:16

Abel Ferreira destaca reação do Palmeiras após eliminações no futebol brasileiro.

Abel Ferreira destaca reação do Palmeiras após eliminações no futebol brasileiro.

O Palmeiras venceu o Athletico-PR na noite deste domingo, por 2 a 0, em Curitiba, em desempenho que voltou a reforçar o time de Abel Ferreira como um dos principais candidatos ao título do Campeonato Brasileiro. Além do fato de ser o atual bicampeão do torneio e estar três pontos atrás do líder Botafogo, o Verdão tem apenas a competição nacional como objetivo até o fim da temporada - os palmeirenses já foram eliminados na Copa do Brasil e na Conmebol Libertadores. Em coletiva, Abel falou também sobre o poder de reinvenção do elenco palmeirense nos momentos de adversidade. – Sempre encontramos uma forma de jogar. Uma equipe nunca está acabada, há momentos de formas de jogadores, de dinâmicas da equipe em que temos de estar constantemente entre o gato e o rato. Os jogadores não estão sempre a top, por isso temos 26, 27 jogadores. Quero ter, minha ambição e do clube, é ter dois jogadores do mesmo nível em cada posição e vamos lá chegar – Falei anteriormente, ninguém fala de aspectos emocionais e psicológicos. Cito o Djokovic e Alcaraz que falaram destes aspectos. Um tenista campeão olímpico e outro um dos melhores do mundo. Fazemos dos jogadores máquinas, com esta densidade competitiva, a quantidade de lesões que assistimos. E com uma semana para trabalhar, descansar a mente e corpo, para preparar cada jogo. Sim, hoje mais uma vez fizemos um jogo muito consistente, poderíamos ter feito mais gols, mas um jogo condizente com o que nos preparamos para fazer durante a semana – citou o português, que abriu a coletiva pedindo desculpas a uma jornalista por uma resposta na entrevista depois do jogo contra o Cuiabá, na semana passada.

A vitória do Palmeiras contra o Athletico foi a terceira consecutiva no torneio - são cinco jogos de invencibilidade, considerando também os dois empates antes das três vitórias seguidas. Com tempo para trabalhar o grupo na Academia de Futebol, Abel diz que o momento é evitar qualquer pressão e manter o foco direcionado ao Brasileirão. – É comer nosso arroz com feijão, que fazemos dentro do CT muito bem. Desde que cheguei ao Palmeiras o barulho é todo exterior, como disse, ganhamos muito, continuamos a ganhar, 10 ou 11 títulos, na altura que a Leila me convenceu a renovar e continuar, perguntei quais os objetivos e ela disse: pelo menos um título por ano. E volto a referir, no ano que não ganhar títulos, não vale estar aqui a discutir. Renovei há pouco tempo, temos objetivos presentes, sonhos futuros e temos de trabalhar neles.

– Uma coisa é o barulho de fora, temos de perceber tudo que se passa, o treinador que o Palmeiras tem, a história do clube, os processos, e o que é futebol. Uma hora vai ganhar, outra vai perder. Vou repetir: não vamos ganhar sempre, quem está no futebol sabe o que é futebol, sabe a competência que tem. Um treinador não pode ser mau depois de ganhar 10, 11 títulos em três anos e meio, nem ser ruim por ser eliminado por Botafogo e Flamengo da forma como foi. Fico feliz, a presidente e o Barros sabem a competência que tem dentro do CT, no estafe, a comissão técnica e jogadores – afirmou. O Palmeiras soma 47 pontos e ocupa a terceira posição do Campeonato Brasileiro. O torneio é liderado pelo Botafogo, que tem 50 pontos e é seguido pelo Fortaleza, que tem 48 pontos e um jogo a menos. Na próxima rodada, o Verdão enfrenta o Criciúma, no Allianz Parque, mas só no dia 15. O torneio será paralisado até lá por causa da disputa das Eliminatórias Sul-Americanas.

Veja outros trechos da entrevista coletiva de Abel Ferreira: Ciclo terminando no Palmeiras ? – Se Deus quiser, e se tudo correr normalmente, vai encerrar em dezembro de 2025. Time titular – O Athletico-PR se defende no 4-4-2, com o volante ajudando o centroavante na pressão, nós em função do que tinham sido as dinâmicas na construção, mudamos para dar mais variabilidade ao nosso jogo. Colocamos este trio no lado esquerdo, combinaram bem, no lado contrário poderiam chegar na área. Eu digo o seguinte: quando temos bola, não olhamos muito a fraqueza do adversário, jogamos da nossa maneira. Sem bola, sim. Não gostamos que o adversário controle o jogo, com bola jogamos da nossa maneira, e sem bola bloqueamos as forças dos adversários. Não olhei sinceramente este aspecto que você disse, olhei nossas características, dos nossos jogadores, a dinâmica dos dois lados esteve muito bem. Criamos muitas oportunidades hoje e fizemos um bom jogo. Reta final do Brasileirão – Felizmente temos uma presidente que sabe perfeitamente a competência e sabe mais que tudo o futebol é um jogo. Podemos ganhar no último segundo, como contra o São Paulo, outra bate na trave e sai. Isto não vai definir se é bom ou não. Quem comanda o clube sabe quem é competente e quem não é.

Klopp ficou oito anos no Liverpool e ganhou oito títulos. E disse que o ciclo fechou. O Simeone está no Atlético de Madrid há 12 anos - eu não era treinador - e ele ganhou seis ou sete títulos. E continua. As pessoas sabem o que tem. Vamos trocar porque estão pedindo que troque? Ou por que não acreditamos no trabalho? Quem tem que decidir é nossa presidente e nosso diretor. Eles cuidam dos recursos da comissão técnica, estafe. Eles têm esta decisão. Vamos dar continuidade, Há muita coisa para fazer, há muito a melhorar dentro do clube e seguir melhorando processos, ajudando os jogadores a serem melhores. A vida do jogador é como a nossa pessoal, vai para cima e para baixo. Da equipe é igual. Eu não chuto, não passo, não defendo, não faço gols. A função do treinador é dar coordenadas. No fim, quando não se ganha ou os resultados não aparecem, ou quando temos de trocar alguma coisa, cabe ao treinador. Sabemos disso no Brasil, mas temos sorte, quem está no comando sabe como é futebol e como trabalhamos. Futebol tem sorte, competência. Vamos ganhar, mas também vamos perder e outras empatar. Seguir o conselho do Carlo Ancelotti e não levar futebol tão a sério.

Processos do clube – O Carlo Ancelotti me falou uma vez algo que ecoa na minha cabeça. Não leve o futebol tão a sério, vai ganhar, perder, desfrute. Mas sobre processo, e tudo que está a dizer, minha função é enquanto estou aqui é preparar o presente e futuro. E meu futuro no clube vai até 2025, não falta assim tanto tempo. Mas independente do tempo em que estiver aqui, é com o Barros e Leila, como fizemos, projetar sempre a época seguinte na época atual. Fizemos assim ano passado e fazemos agora. Independentemente do tempo que possa passar no clube, o clube vai continuar e nós que estamos aqui hoje e estiveram no passado e fizeram um belíssimo trajeto, e chegar no dia de hoje, porque cavaram, construíram, e eu tenho que seguir este trabalho. No futuro virá alguém que fará o mesmo e tenho de deixar o clube melhor do que aquilo que encontrei.







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