"Uma vez falei com o Carlo Ancelotti e ele me disse uma coisa que ecoa muito na minha cabeça: não leve o futebol tão a sério, desfruta. Se calhar vou começar com esse pensamento. Em relação ao processo, minha função enquanto estou aqui é preparar o presente e o futuro", disse.

Abel chegou ao Palmeiras no fim de 2020 e, desde então, conquistou pelo menos um título em cada temporada que comandou a equipe. O treinador foi sondado em outras equipes no fim de 2023 e, em janeiro deste ano, teve seu contrato renovado até dezembro de 2025.

O Al-Sadd, do Catar, que demonstrou interesse no treinador, inclusive acionou o técnico Abel Ferreira na Fifa, alegando que o português descumpriu um pré-contrato assinado para assumir a equipe nesta temporada. Perguntando se sentia que se ciclo no Verdão estava chegando ao fim, respondeu: "Se Deus quiser e se tudo ocorrer normalmente, vai encerrar em dezembro de 2025. Desde que cheguei ao Palmeiras, o barulho que vem é exterior. Ganhamos muito, continuamos a ganhar, já ganhando esse ano. Na altura que a Leila me convenceu a renovar e continuar perguntei quais eram os objetivos e ela disse pelo menos um título no ano".

"Meu futuro no clube vai até 2025, portanto, não falta assim tanto tempo. Mas independente do tempo que vou estar aqui minha função como treinador, junto com Barros e Leila, é projetar a temporada seguinte e atual. Independentemente do tempo que possas passar em um clube, o clube vai continuar e nós que estamos aqui hoje, outros estiveram aqui no passado e fizeram belíssimo trajeto só foi possível chegar aos dias de hoje porque outros construíram, desenvolveram. Minha função é dar continuidade a esse trabalho. No futuro, virá alguém que irá fazer o mesmo e minha obrigação e deixar o clube melhor do que encontrei", seguiu.

Por fim, o treinador enfatizou que dentro do clube, ele tem a confiança da diretoria, começando pela presidente Leila Pereira, que irá concorrer à reeleição no Palmeiras em novembro deste ano. "Renovei há pouco tempo, temos objetivos presente e temos sonhos futuros que temos que pensar e trabalhar neles. Uma coisa é o barulho de fora e temos que perceber tudo: o treinador que tem, o clube, os processos, e o que é o futebol: é um jogo, às vezes vai ganhar, outras vai perder. Não vamos ganhar sempre, quer gostem ou não gostem. Quem está no clube sabe como é o futebol e sabe dos profissionais que têm, as competências que tem. Um treinador não pode ser bom quando ganha 10 títulos em três anos e meio, nem ser ruim porque foi eliminado contra Flamengo e Botafogo da forma que foi. Fico feliz porque a presidente e o Barros sabem da competência que têm dentro do CT, estafe, profissionais, comissão técnica e jogadores", finalizou.