Jovem Vitor Reis revela estratégia para consolidação no Palmeiras aos 18 anos

9/9/2024 04:45

Jovem Vitor Reis revela estratégia para consolidação no Palmeiras aos 18 anos

Jovem Vitor Reis revela estratégia para consolidação no Palmeiras aos 18 anos

Vitor Reis é conhecido desde a base por ser uma voz de liderança nos vestiários que passou no Palmeiras , mas neste começo no profissional o que tem feito a diferença é ouvir. Com ascensão rápida, o zagueiro de 18 anos de idade passou a disputar a titularidade com os experientes Gustavo Gómez e Murilo e ocupou junto de Naves o espaço deixado por Luan, outro zagueiro de longa trajetória.

Do início de 2024 em que se preparava para disputar a Copa São Paulo pelo sub-20, para ser titular (e marcar) em jogos importantes do profissional, como o Dérbi pelo Brasileiro e o duelo com o Flamengo pela Copa do Brasil, o camisa 44 entende que houve uma grande mudança: – Minha mente. Foi o que mudou a chave, já tinha um mental bom, mas tive de melhorar mais, a gente aprende muita coisa nova. Se a mente anda bem, o corpo vai bem. Tive que fortalecer a mente e foi um ponto chave – respondeu.

Desde o sub-11 no Verdão, ele explica que este fortalecimento se dá nas conversas com quem já está no profissional há mais tempo. A cada papo de canto com jogadores mais velhos, membros da comissão técnica ou funcionários que vivem a era vencedora na Academia de Futebol, Vitor entende que há algo a se aprender. – Aprender a ouvir de todos, refletir sobre as coisas. Ouvir muito os mais velhos, quem tem experiência e minha família, sempre dando dicas, vivências. Estar junto com eles faz muito bem – prosseguiu.

Vitor Reis fez 14 jogos pelo Palmeiras , sendo 12 como titular, e dois gols, desde sua estreia como profissional, em junho. Ele ganhou sequência a partir de lesões nos tornozelos de Murilo, mas quando o camisa 26 voltou, Abel Ferreira chegou a montar o time com três zagueiros para manter o garoto. Fora dos últimos jogos por um edema muscular, ele deve ser uma novidade na relação para o jogo contra o Criciúma, no próximo domingo.

Eleito o melhor zagueiro sul-americano sub-21, Vitor Reis tem contrato até o fim de 2028 e multa rescisória de 100 milhões de euros (R$ 618 milhões). Já citado pelo mercado internacional, o garoto é da mesma geração de atletas que foram negociados precocemente com times europeus, como Endrick, Estêvão e Luis Guilherme. Seu desejo é jogar fora do Brasil, mas o foco no momento está no principal tema de discussão no vestiário do Palmeiras . – Desejo a gente sempre tem de jogar na Europa, mas minha cabeça está 100% no Palmeiras , não penso em outra coisa. Quero ganhar o Brasileiro, não temos de pensar no que vai acontecer no futuro – decretou.

Você começou o ano se preparando para jogar a Copinha e seis meses depois já era titular no profissional. Imaginava que isto aconteceria tão rápido? Vitor Reis: Estava focado na Copinha, na base, não imaginava subir este ano e estar com este elenco. Meu foco era o sub-20 e quando veio a oportunidade de treinar em cima, aproveitei e vim fazendo meu papel. Graças a Deus aconteceu isto tudo. Quando Luan foi negociado com o Toluca, do México, você criou a expectativa para saber se o Palmeiras iria ao mercado ou daria chances a você e Naves? – Tem a dúvida na cabeça, mas estava fazendo meu trabalho e se fosse para ser, era para ser. Estava me preparando para se a chance aparecesse. O Luan foi importante para mim, desde que subi ele me acolheu, ficou muito meu parceiro. Um cara nota 10, sou fã dele.

Qual o jogador que você tem mais relação no elenco? – Eu sou bem próximo com todos, apesar de ser no meu canto. O Luighi, o Giay, Lázaro, estes caras mais novos. Mayke, Dudu, também. Tem muita parceria, o elenco é bom de se conviver. Todos falam do seu espírito de liderança, o Abel já mencionou, também. Como você consegue isso sendo tão novo ao lado de jogadores experientes, como Gómez e Murilo? – Não sei (risos), mas sair de casa novo, ter que lidar com tudo muito novo me ajudou muito. Sendo muito jovem, com responsabilidade nas costas. Sou na minha fora de campo, mas dentro de campo eu faço meu trabalho e me comunico bem. Gómez, Murilo, faço a minha, normal, como se fosse outro.

– A questão é o acolhimento, me deixaram à vontade para fazer o que sei dentro de campo, falar. O quesito é ele, o acolhimento de deixar todos à vontade, é o ponto chave. Você foi campeão sub-11 com o Endrick e Luis Guilherme, jogou com o Estêvão, também. Tem histórias com eles na base? – Até que pouca, porque eles são muito precoces, quando estava no sub-13, eles já estavam no sub-15, sub-17... a convivência foi mais no sub-11 e olhe lá. Sempre foram garotos que a gente sabia que tinham muito potencial. Era amigo, mas a convivência não foi muita, porque eles estavam sempre um passo na frente de todo mundo.

Qual seu momento mais marcante como profissional? – Os dois gols. Porque isto é uma coisa que não é comum de zagueiro e eu mais novo, em meu primeiro jogo como titular fazer um gol em clássico (contra o Corinthians), não sei. É muito maluco, nem tento pensar em tudo que aconteceu, fico feliz pelo meu desempenho no ano. Espero contribuir mais.

Quem são os zagueiros em quem você se inspira? – Quando eu era menor, Marquinhos e Thiago Silva, assistia muito aos dois. Mas depois que fui caminhando na trajetória vi que não precisava ir tão longe, porque aqui tinha Murilo, Gómez, Luan e o próprio Naves. Aqui já vi o que tinha que fazer, quando subi os quatro me ajudaram muito. Eu os tenho como inspiração, junto de Marquinhos e Thiago Silva, como pessoas e lideranças.

Como é sua relação com a comissão técnica? – É relação boa, de atleta para técnico, eles sempre querem nosso melhor, dando dicas para o melhor. Conversas diretas, eu e Abel, não tivemos muitas, mas quando fecha a roda com ele, sempre tento acatar ao máximo. Ali é ouvir e aprender tempo a tempo. Na última semana você foi eleito o melhor zagueiro sub-21 da América do Sul. Como é ter este reconhecimento? – Dá um gás a mais para a gente, saber que o trabalho é reconhecido, mas não me abala. Hoje posso ser o melhor zagueiro como falaram e amanhã posso ser o pior. Sigo pés no chão, com humildade. O futuro a Deus pertence. * Estagiário sob supervisão de Leonardo Lourenço







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