Caio Paulista, lateral-esquerdo do Palmeiras, é acusado de agressão pela ex-namorada Clara Monteiro. O assunto se tornou conhecido neste domingo, 15, quando a mulher publicou fotos de hematomas, relatando atos de violência. O jogador nega, enquanto o clube afirmou que acompanhará o caso e que não tolera qualquer forma de violência. Clara, que é mãe da terceira filha de Caio Paulista, publicou um texto em que afirma ter "cansado de se calar". "Não estou aqui depois de tanto tempo para deixar passar em branco. E sei que diversas mulheres passam por isso todos os dias", diz um trecho. Ela não cita o nome do jogador. Em seguida, foram publicadas fotos de hematoma no rosto, nas pernas e na região das costelas. Em nota, o jogador negou ter agredido a ex-namorada. Caio Paulista informou que há uma discussão entre ele e Clara na Vara Familiar de São Paulo sobre a pensão alimentícia e outras demandas do filho que eles tiveram juntos. Até o momento, segundo o atleta, não houve acordo e o caso corre em segredo de Justiça.
Segundo as publicações, as agressões começaram em 23 de outubro de 2023. Na época, Caio Paulista jogava pelo São Paulo. Naquele dia, o clube teve treinos e se preparava para enfrentar o Palmeiras, em 25 de outubro. Caio Paulista afirma que o relacionamento entre os dois durou "alguns meses" e que a discussão atual na Justiça, sobre pensão, acontece "passado quase um ano do fim". Clara Monteiro acusa Caio Paulista, do Palmeiras, de agressão.
"Pensei em inúmeras vezes se iria realmente expor minha vida aqui, mas eu simplesmente não tive outra opção. Eu estou exausta. Já ultrapassei os meus limites. Eu cansei. Cansei de me calar, cansei de me esconder e de me sabotar por diversas vezes devido a esta situação. Hoje venho através desta carta aberta para o meu eu, sobre algo que me assombra dia e noite, e sei que vou levar comigo no decorrer dessa vida, essa cicatriz e esse trauma misturado com esse sentimento de angústia no meu interior. Mas sobre isso tudo eu preciso me manter forte nessa situação todas as manhãs e sei que sou uma mulher forte para caramba e consegui me manter firme e de pé sozinha até aqui. Mas não estou aqui depois de tanto tempo para deixar passar em branco, e sei que diversas mulheres passam por isso todos os dias, quero que todas as mulheres leiam e tenham certeza que por mais difícil que seja, você consegue sim sair de uma agressão psicológica, agressão física e verbal. Eu desejo forças a todas as mulheres que passam por isso e sair disso tudo é muito difícil, mas não é impossível."
Em relação à carta aberta postada ontem pela minha ex-namorada e mãe da minha terceira filha, venho a público me posicionar. Tivemos um relacionamento de alguns meses e, passado quase um ano do fim, estamos discutindo na Vara Familiar de São Paulo temas financeiros relacionados à pensão alimentícia e outras demandas. Até o momento, não houve acordo e corre em segredo de justiça. Não existe nenhuma outra demanda em Vara Criminal relacionada a supostas agressões. Venho afirmar que nunca a agredi, bem como não agredi nenhuma outra mulher, e, acima de tudo, a respeito como mãe da minha filha.
A Sociedade Esportiva Palmeiras esclarece que, tão logo tomou conhecimento sobre a carta aberta publicada pela mãe de um dos filhos do atleta Caio Paulista em uma rede social, o jogador foi convocado pela diretoria para uma reunião, ocorrida na noite de sábado. Questionado a respeito do relato e das imagens divulgados, Caio Paulista negou ter cometido qualquer agressão e disse não haver processo ou investigação contra ele na esfera criminal. É de conhecimento público que o Palmeiras não tolera qualquer forma de violência e tem no respeito pela mulher um de seus valores fundamentais. Todos os colaboradores do clube devem seguir as normas de conduta estabelecidas internamente, que preveem diferentes medidas punitivas, a depender da gravidade do fato e da comprovação penal. O Palmeiras seguirá acompanhando o caso com a devida atenção.
EM CASO DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHER O Ligue 180 trabalha para o enfrentamento à violência contra a mulher, no qual podem ser feitas denúncias de violações contra as mulheres. A central também encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos. Além do número de telefone 180, é possível realizar denúncias de violência contra a mulher pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
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