Lembrando que em cada uma das campanhas que terminaram em título, o Palmeiras começou a 28ª rodada com: 2016 – 1º Lugar, com 54 pontos, um a mais do que o Flamengo, segundo colocado; 2018 – 1º Lugar, com 53 pontos, empatado em pontos com o Internacional; 2022 – 1º Lugar, com 57 pontos, oito a mais do que o Internacional, segundo colocado; 2023 – 5º Lugar, com 44 pontos, 14 a menos do que o líder Botafogo. Vale a pena também destacar o número de pontos que a equipe marcou na parte final de cada campeonato conquistado. Em 2016, o time treinado por Cuca e que acabou com um jejum de 18 anos sem que o Palmeiras conquistasse o Brasileiro, fez 26 pontos, nos últimos 33 disputados.

A mesma marca conseguiu o elenco campeão do ano passado, quando o alviverde pulou da 5ª colocação no início da 28ª rodada, 14 pontos atrás do líder Botafogo para ficar com a taça. A equipe comandada por Luiz Felipe Scolari, em 2018, não foi derrotada nas últimas 11 partidas, fazendo 27 pontos, a segunda maior marca que um campeão do Brasileirão em pontos corridos com 20 equipes fez neste período de campeonato. A melhor é a do São Paulo, que fez 29 pontos dos 33 possíveis para vencer o Brasileiro de 2008. Aqui, uma curiosidade, o líder daquele torneio após 27 jornadas era o Palmeiras, com 50 pontos.

Curiosamente, na edição de 2022, edição que o Palmeiras ganhou mais pontos para ser o campeão (81), o clube teve seu pior aproveitamento (72,7% - 24 pontos) na reta final. Há uma explicação para o fato. No primeiro título de Abel Ferreira de Campeonato Brasileiro, o time conquistou a taça com três rodadas de antecipação e nas três últimas partidas conquistou apenas quatro pontos, inclusive perdendo para o Internacional na última partida – uma das três derrotas na parte final do torneio nas campanhas de títulos, as outras duas foram para o Santos (2016) e Flamengo (2023).

Observando os números levantados nas arrancadas para os quatro títulos do Brasileiro disputado em pontos corridos, dois pontos foram determinantes: aproveitamento em casa e defesa segura. Das 22 “decisões” que o time teve o mando de campo, ele conseguiu 20 vitórias e dois empates e não perdeu nenhuma – que dá um aproveitamento absurdo de 93,9%. Nas campanhas de 2018 e 2023 jogando ao lado do seu torcedor o time chegou aos 100% de aproveitamento, com seis triunfos em cada campeonato. Os dois empates, em 0 a 0, aconteceram em 2016, contra o Cruzeiro, quando Zé Roberto salvou de maneira incrível um gol do time mineiro, e em 2022, contra o São Paulo.

Jogando fora, no total de 22 jogos, foram 11 vitórias, oito derrotas e as três derrotas já citadas, com um muito bom aproveitamento de pontos – 62,2%. O destaque defensivo começa com a média de gols tomados. Foram 32 tentos tomados, o que dá uma média de 0,73 por jogo. Dos 44 jogos decisivos, em 22 (50%) a defesa não foi vazada – destaque para o ano passado quando nos seis jogos finais que jogou em casa, o Palmeiras não sofreu gols.

Em um ano em que as viradas não aconteceram nas eliminações na Copa do Brasil e na Libertadores os palmeirenses esperam que o time siga a tradição de grandes arrancadas na reta de chegada no atual Campeonato Brasileiro. Também um grande desempenho será fundamental para que a equipe ultrapasse o Botafogo, que dá sinais que não irá cair de desempenho, como aconteceu no ano passado.