Em um mundo que adora consumir a troca de técnicos, e às vezes até a incentiva, Arne Slot é daquelas figurinhas colecionáveis raras, de número limitado e que faz parte de um grupo seleto. Ao aceitar um dos maiores desafios do futebol mundial – suceder Jürgen Klopp após quase nove anos de trabalho –, o holandês se tornou o 21º homem diferente a dirigir o Liverpool desde 1892. Sim, é verdade: o Liverpool, líder da Premier League e um dos mais tradicionais times do planeta, teve apenas 21 técnicos em 132 anos de história, algo que contraria o movimento natural da indústria do futebol e que espanta quem vive a realidade brasileira. Afinal, já parou para pensar que, enquanto os Reds apostam na manutenção de treinadores, os principais times do Brasil estão do lado oposto da avenida, com uma frenética tática de mudança de comando? Levantamento do ESPN.com.br mostra que a maioria dos chamados 12 grandes clubes brasileiros precisaram de 20 anos para empilhar o mesmo número de técnicos que o Liverpool em quase um século e meio.
São Paulo e Grêmio são os que apresentam números melhores, com 21 treinadores desde 2003. No lado oposto do ranking, estão Flamengo e Vasco, com tantos técnicos assim desde 2013. Esses exemplos são até fáceis de explicar. O São Paulo teve dois longos trabalhos de Muricy Ramalho, além de nomes com mais de uma passagem pelo Morumbis (Emerson Leão, Cuca, Ricardo Gomes, Rogério Ceni e Dorival Júnior). O Grêmio, por sua vez, contou com passagens duradouras de Renato Gaúcho para amenizar a dança das cadeiras. Enquanto isso, Flamengo e Vasco atropelaram o processo de escolhas de técnicos diversas vezes.
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