Toda comoção pelo seu retorno ao Brasil, porém, ainda não se justificou. E Abel espera mais do atleta que ele chegou a desacreditar que realmente tinha sido contratado pela carreira de sucesso na Europa. – Estamos sempre a cobrar dos jogadores. Há jogos que não estamos tão produtivos, que não estamos tão criativos. Claro que nós esperamos de todos os jogadores mais, claro que o Felipe deveria ter chegado ao final do jogo, já disse isso, ele tem que ser… ele não pode só jogar bem. Ele tem que arriscar o cruzamento, tem que arriscar o arremate, mesmo que falhe. Estou farto de dizer isso – afirmou o treinador. – Tem que ir pra cima. Tem que ir para cima e perder a primeira, como faz o Estêvão e vai a seguir…

Qual é o jogador que mais chuta na nossa equipe? Estêvão. E é o que mais falha, mas é o que mais arrisca. Por isso que vem aqui e pagam o que pagam por ele. Essa coragem e audácia que temos que ter em todos os jogos – acrescentou. Apesar das quatro participações em gols desde que chegou, Felipe Anderson ainda não se firmou como o jogador decisivo que se esperava após uma trajetória de sucesso na Lazio, da Itália.

Nos dez anos em que passou no futebol europeu, o meia-atacante atuou nas mais diversas posições do ataque. Na Lazio, seu último clubes antes de se transferir para o Palmeiras, jogou mais pelo lado direito. Em entrevista ao ge no final de agosto, porém, ele se mostrou confortável na atual função. A reta final do Brasileirão pode ser a chance que o camisa 9 do Verdão precisa para mostrar que toda expectativa em cima dele não foi em vão.

Na próxima segunda-feira, irá disputar seu primeiro duelo contra o Corinthians pelo clube alviverde e tem mais uma oportunidade de dar uma resposta. O Dérbi deve dar um termômetro de como o "puxão de orelha" de Abel Ferreira foi recebido por Felipe Anderson. Aos 31 anos, ele é um dos mais experientes da equipe, condição que dá ao meia uma maior responsabilidade na luta palmeirense pelo tricampeonato brasileiro.